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Kevin McCarthy
Kevin McCarthy, líder do Partido Republicano, luta para convencer minoria rebelde de companheiros a elegê-lo para a presidência da casa baixa do legislativo.| Foto: EFE / Jesús Rosales

Os novos deputados americanos, escolhidos nas eleições de meio de mandato há oito semanas, falharam três vezes nesta terça (3) na tentativa de chegar a um consenso sobre quem presidirá a casa. A Câmara do país decidiu adiar a eleição de seu presidente até meio dia de quarta-feira. Apesar do novo comando de uma pequena maioria do Partido Republicano, o líder do partido, Kevin McCarthy (Califórnia), não conseguiu seduzir uma ala de seus membros. Essa ala preferiu o deputado Jim Jordan, de Ohio, ou outros nomes como Andy Biggs (Arizona) e Byron Donalds (Flórida). Alguns chegaram a votar em Lee Zeldin (Nova York), cujo mandato terminou no mesmo dia.

É a primeira vez que os deputados americanos precisam de um segundo turno para escolher o líder da casa desde 1923. Donalds, que trocou seu voto de McCarthy para Jordan na terceira rodada de votação, explicou nas redes sociais que “a realidade é que o deputado Kevin McCarthy não tem os votos”, propondo que a base se reúna antes de votar mais vezes. O líder do partido precisava de 218 votos, mas perdeu 19 com os rebeldes na primeira rodada. O número de rebeldes cresceu até a terceira.

Ken Buck, republicano do Colorado, votou três vezes em McCarthy, mas disse a repórteres que poderá mudar de ideia. Houve uma reunião a portas fechadas antes das votações. Segundo o National Review e a CNN, a reunião foi tensa e McCarthy teria dito que tinha desistido de negociar com seus detratores dentro do partido. Os opositores internos, que agora seriam 20, também se radicalizaram contra ele.

O consenso amplo é salutar justamente por causa de a maioria conquistada pelo Partido Republicano ter sido tão pequena sobre o Partido Democrata: apenas dez deputados a mais. A casa tem 435 assentos votantes. Os republicanos esperavam uma vitória muito melhor nas eleições de meio de mandato. Donald Trump e seus apoiadores levaram a culpa pela vitória mambembe até em uma capa do jornal conservador New York Post. Ro Khanna, deputado democrata moderado (Califórnia) que converge com Trump em questões como o retorno dos empregos industriais aos Estados Unidos, disse no podcast da jornalista Bari Weiss que o eleitorado se cansou do radicalismo de Trump e seus apoiadores, especialmente sua insistência que a eleição presidencial de 2020 teria sido fraudulenta.

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