Santiago (AFP) A vitória da socialista Michelle Bachelet para a Presidência do Chile, confirmada ontem, coloca o Chile diante de um desafio: superar a desigualdade sem mudar o modelo econômico bem-sucedido implementado nos últimos 16 anos pela coalizão de centro-esquerda. Essa tarefa não foi cumprida pelo presidente Ricardo Lagos, que governa até 11 de março. Ela teve 53,5% dos votos no 2.º turno, realizado domingo, sete pontos a mais que o direitista Sebastián Piñera.
Ela promete começar o mandato por outras questões, como a reforma do sistema de previdência privada. Nos 16 anos de Concertación, a pobreza no Chile caiu de 40% para 18% da população, mas o abismo entre ricos e pobres aumentou. Os 10% mais ricos ficam com 47% da riqueza gerada no país.
Bachelet terá maioria no Congresso, o que deve facilitar seu trabalho. Nem Lagos contava com essa vantagem. As eleições de dezembro deram 20 das 38 cadeiras disputadas no Senado e 65 das 120 da Câmara dos Deputados para aliados da nova presidente.
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