Ao menos 22 pessoas morreram no domingo e 40 estavam desaparecidas num povoado da Guatemala, depois que uma enorme avalanche de lama e pedras soterrou um grande número de pessoas que ajudava as equipes de resgate em busca de sobreviventes de outro deslizamento.
Mais uma pessoa morreu em outro incidente semelhante.
Deslizamentos e inundações causados pelas chuvas torrenciais castigaram o país, e o número oficial de mortos durante o final de semana chegou a 41, podendo aumentar nas próximas horas.
Aproximadamente cem pessoas ajudavam no resgate do primeiro desabamento em uma estrada de terra, onde um ônibus havia sido soterrado, quando um segundo deslizamento ocorreu, disse à Reuters um porta-voz do Corpo de Bombeiros. A estrada fica a cerca de 170 quilômetros da capital.
"Um paredão caiu sobre o ônibus e as pessoas se organizaram, cerca de cem pessoas, para retirar os cadáveres. Mas logo veio outro deslizamento e os soterrou", acrescentou.
Equipes de resgate usaram pás e enxadas para buscar os corpos na lama e os habitantes do lugar envolveram as vítimas em mantas para levá-las.
Até agora foram recuperados 22 corpos do local da tragédia, no povoado do Cume do Alasca, a noroeste da Cidade da Guatemala. Os trabalhos de resgate, que na tarde de domingo foram suspensos por causa de novas chuvas, poderiam ainda durar muitas horas e até dias.
Em outra estrada, outro deslizamento ocorreu mais tarde no domingo, soterrando um microônibus e provocando a morte de ao menos uma pessoa e ferimentos em diversas outras.
O presidente Álvaro Colom disse que foram registrados o desaparecimento de cerca de 40 pessoas e quase 12 mil tiveram que ser deslocadas para abrigos.
"É uma tragédia nacional... é doloroso que o povo pobre seja o que mais pague pelos fenômenos naturais", acrescentou Colom em coletiva de imprensa.
