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Tanque abandonado é visto próximo à mesquita Omari, em Deraa, no sábado (13). Edificação teria sido danificada por um bombardeio de forças leais ao presidente da Síria, Bashar al-Assad | REUTERS/Mazen Abu Mahmoud
Tanque abandonado é visto próximo à mesquita Omari, em Deraa, no sábado (13). Edificação teria sido danificada por um bombardeio de forças leais ao presidente da Síria, Bashar al-Assad| Foto: REUTERS/Mazen Abu Mahmoud

A despesa militar mundial caiu 0,5% ano passado, até US$ 1,75 trilhão, primeira queda registrada desde 1998, segundo um relatório divulgado neste domingo pelo Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (SIPRI).

A queda na despesa militar, que representa 2,5% do PIB mundial, é reflexo principalmente dos cortes dos Estados Unidos e da Europa Ocidental neste setor, motivados pelas políticas de austeridade originadas por causa da crise econômica. Apesar disso, a soma global é ainda muito superior ao valor máximo alcançado no final da Guerra Fria.

Esta queda foi compensada pelo aumento dos gastos na Ásia, Europa Oriental, Oriente Médio, norte da África e América Latina. China e Rússia, segundo e terceiro por países que mais gastaram em defesa, subiram suas despesa militares em 7,8% e 16%, respectivamente, mas seguem muito longe dos EUA, que monopoliza quase dois quintos do total. O gasto militar americano é maior do que dos dez países seguintes somados.

Os Estados Unidos reduziram pela primeira vez desde o colapso da URSS sua parcela no mercado global de defesa para menos de 40% (a cota do país foi de 39%). Os EUA gastaram 6% a menos do que em 2011 devido à redução das operações no Iraque e Afeganistão.

Após EUA, China e Rússia, aparecem, nesta ordem, Grã-Bretanha, Japão, França, Arábia Saudita, Índia, Alemanha, Itália, Brasil, Coreia do Sul, Austrália, Canadá e Turquia, que fecha o "top 15".

O SIPRI aponta para uma possível mudança de tendência mundial, já que a despesa militar diminui no Ocidente em função da crise e da redução das tropas no Afeganistão, enquanto cresce no restante do globo.

"Tudo indica que a despesa militar mundial provavelmente seguirá caindo nos próximos dois ou três anos, pelo menos até a Otan completar sua retirada do Afeganistão", explicou Sam Perlo-Freeman, analista do instituto sueco.

Na América do Sul, onde o Brasil alcançou metade do gasto total, a despesa militar cresceu 3,8% no ano passado, com o Paraguai aparecendo como o país que mais aumentou suas despesas (43%), devido a um plano para modernizar suas forças armadas.

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