Riad - A oposição saudita convocou para hoje os maiores atos antirregime no país desde o começo da onda de protestos na região, colocando o governo em alerta e gerando temores de alta no preço do petróleo.
O "Dia de Fúria'' na Arábia Saudita prevê manifestações pela primeira vez em Riad, a capital, e Jeddah, a segunda maior cidade, e remete aos atos que originaram as grandes mobilizações opositoras em outros países da região.
A página no Facebook que convocava aos atos tinha ontem apoio de 32 mil pessoas.
O país, detentor das maiores reservas de petróleo do mundo e importante aliado do Ocidente, não tem histórico de protestos, mas nas últimas semanas pequenos atos têm sido registrados não na capital.
Ontem, a polícia dispersou com tiros um protesto da minoria xiita na região petrolífera no leste do país, que é membro da Opep, disseram testemunhas. Quatro pessoas ficaram feridas.
A perspectiva de que os intensos protestos no mundo árabe ganhem força na Arábia Saudita exacerba temores de aumento ainda mais acentuado do preço do petróleo, em alta desde o início das revoltas.
Abaixo dos US$ 100 no começo do ano, o barril do tipo Brent vem subindo desde ao menos o início dos protestos na Líbia, grande produtora. Fechou hoje a US$ 115,43.
Analistas preveem o barril em US$ 200 no meio deste ano caso os protestos na Arábia Saudita de fato ganhem força.



