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A presidente Dilma Rousseff usou a abertura da reunião dos Brics - grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - para culpar países desenvolvidos pela piora das contas externas brasileiras. Em discurso, defendeu que a falta de força das economias ricas não gera demanda para estimular países emergentes.

Ao mesmo tempo, Dilma defendeu que o esforço monetário e a ação para alavancar exportações nos desenvolvidos têm derrubado o preço das commodities, o que pode comprometer a renda e o crescimento dos emergentes. "Desde nossa última reunião em Fortaleza, a situação da economia mundial, infelizmente, pouco avançou. Os países avançados não conseguiram uma recuperação consistente e o comércio internacional não cresce o suficiente para estimular os países emergentes", disse Dilma.

A reunião dos Brics aconteceu na manhã de sábado em Brisbane, na Austrália, antes da abertura do encontro de cúpula das 20 maiores economias do mundo, o G20. A principal linha de raciocínio da presidente brasileira apontou para a falta de tração da economia global e as consequências para as economias em desenvolvimento. Entre os problemas mencionados, Dilma destacou especialmente a tendência negativa do preço das commodities.

"A queda de preços sinaliza o enfraquecimento da economia internacional e vai comprometer a renda e o crescimento de alguns emergentes", defendeu. Entre os Brics, Brasil, Rússia e África do Sul são grandes exportadores de commodities. A China, ao contrário, é compradora. Além da economia mais lenta nos países ricos, a queda de preço das commodities é ainda influenciada pela política monetária dos Estados Unidos. "Isso reflete também uma reacomodação da economia mundial às perspectivas de elevação futura do dólar americano", disse Dilma.

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