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Reagrupamento Nacional

Direita nacionalista francesa pede legislativas antecipadas ou que Macron renuncie

Apoiadores agitam bandeiras na festa eleitoral do partido francês de direita Reagrupamento Nacional (Rassemblement National ou RN), em Paris, França, em 09 de junho de 2024. (Foto: EFE/EPA/ANDRE PAIN)

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O presidente do partido nacionalista direitista Reagrupamento Nacional, Jordan Bardella, afirmou nesta terça-feira (26) que a melhor maneira de resolver a atual instabilidade política na França é voltar a convocar eleições legislativas antecipadas ou que o presidente do país, Emmanuel Macron, renuncie.

"Não há uma só possibilidade para sair do atual impasse político: voltar às urnas [para eleições parlamentares] e dar a palavra ao povo francês (...) ou que [Macron] apresente sua renúncia e seja convocada uma nova eleição [para a presidência]", opinou Bardella, afilhado político de Marine Le Pen, em uma entrevista à rede de televisão TF1.

A instabilidade política na França se acentuou após o anúncio feito ontem pelo primeiro-ministro francês, François Bayrou, de que vai se submeter, no dia 8 de setembro, a uma moção de confiança no Parlamento para buscar o respaldo dos deputados para seu plano de austeridade de €44 bilhões (R$ 278,52 bilhões) para 2026.

A votação, no entanto, tem boas chances de ser perdida e pode levar Bayrou à renúncia caso a oposição em bloco cumpra a promessa de se pronunciar contra o plano.

Bardella insistiu que sua bancada parlamentar, mais numerosa no Parlamento, votará contra a moção de confiança em Bayrou, um movimento seguido também pelos partidos de esquerda, o que deixa o primeiro-ministro apenas com o apoio de centristas e da centro-direita, hoje em dia insuficientes para ter sucesso na votação.

"Votaremos, sem nenhuma dúvida, contra a confiança no governo", confirmou Bardella.

Caso Bayrou caia, Macron, como chefe de Estado, pode optar por convocar eleições legislativas antecipadas — o que aconteceria pela segunda vez em praticamente um ano —, já que houve as de julho de 2024, ou nomear um novo primeiro-ministro, que seria o terceiro em menos de um ano.

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