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Diretor do Centro Niemeyer da Espanha processará Principado de Astúrias

O Principado de Astúrias anunciou que administrará o complexo alegando que a Fundação Niemeyer se negava a se submeter a uma auditoria externa sobre a situação econômica do centro

Funcionário retirou, nesta quarta-feira (14), placa como nome do centro | REUTERS/Eloy Alonso
Funcionário retirou, nesta quarta-feira (14), placa como nome do centro (Foto: REUTERS/Eloy Alonso)

O diretor do Centro Niemeyer da cidade de Avilês, Natalio Grosso, tomará medidas legais contra o Governo do Principado de Astúrias, presidido por Francisco Álvarez-Cascos, para reivindicar a gestão do edifício concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer ou exigir "indenizações multimilionárias".

Em entrevista coletiva, Grosso, que dirigiu o Centro Niemeyer desde seu abertura há menos de um ano, garantiu hoje que não parará "até que as pessoas que caluniaram os responsáveis pelo local respondam perante a lei".

Grosso se pronunciou depois que na terça-feira (13) o Principado de Astúrias anunciou que administrará a partir desta quinta-feira o complexo alegando que a Fundação Niemeyer se negava a se submeter a uma auditoria externa sobre a situação econômica do centro.

Segundo sua opinião, desde que começou o "assédio" do Governo, a fundação teve numerosas perdas econômicas, superiores a 1 milhão de euros, que impossibilitaram o plano de negócio concebido e aprovado por seu patronato.

Desde que no último dia 9 de setembro o Governo autônomo asturiano os acusou de graves irregularidades econômicas, "nada nunca foi provado", segundo Grosso, ressaltando que "é categoricamente falso que haja alguma irregularidade nesta fundação".

Em sua curta trajetória, o Centro Niemeyer organizou mais de uma dúzia de exposições, 30 conferências e debates de nível internacional, cerca de 50 concertos e 30 congressos e projetou mais de cem filmes.

Após finalizar a entrevista coletiva, um operário retirou hoje o cartaz que identifica o centro com a marca Niemeyer, que, esclareceu Grosso, é propriedade da Fundação e, portanto, não poderá ser utilizada na nova etapa sob responsabilidade direta do Governo regional.

Em breve, a Fundação Niemeyer reunirá seu patronato para decidir o futuro da entidade, que foi criada para tramitar o centro do mesmo nome, "e isso é que vamos reivindicar", concluiu Grosso.

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