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Donald Trump, fala durante a 74a Sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas
O presidente dos EUA, Donald Trump, fala durante a 74a Sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas, na sede da ONU em Nova York, em 24 de setembro de 2019| Foto: SAUL LOEB/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adotou um discurso nacionalista, condizente com o seu "America First" durante a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (24).

"O futuro não pertence aos globalistas. O futuro pertence aos patriotas. O futuro pertence a nações soberanas e independentes, que protegem seus cidadãos, respeitam seus vizinhos e honram as diferenças que tornam cada país especial e único", disse.

O socialismo e o comunismo também foram alvo de críticas de Trump, que disse que os Estados Unidos "nunca serão socialistas", uma alfinetada na ala mais à esquerda do Partido Democrata, cujos candidatos para as primárias das eleições presidenciais de 2020 se definem como sociais-democratas.

Venezuela

Ao falar de socialismo, Trump citou a crise da Venezuela. Disse que o ditador Nicolás Maduro é um "fantoche cubano", protegido por "guarda-costas cubanos, se escondendo de seu próprio povo, enquanto Cuba rouba a riqueza do petróleo da Venezuela para sustentar seu próprio governo comunista corrupto".

"A Venezuela nos lembra que socialismo não se trata justiça, de igualdade, de ajudar os pobres e certamente não se trata do bem da nação. O socialismo representa apenas umas coisa: poder para a classe governante", disse ele, afirmando também que os EUA nunca serão uma nação socialista.

China

O presidente americano disse tem esperança de fechar um acordo comercial com a China, mas salientou que não aceitará um "acordo ruim para os americanos". Adotando um tom áspero, ele acusou o país de Xi Jinping de burlar as regras do comércio mundial e de quebrar promessas de adotar reformas nesta área.

"A China não apenas se recusou a adotar reformas prometidas, como adotou um modelo econômico dependente de enormes barreiras de mercado, pesados subsídios estatais, manipulação de moeda, dumping de produtos, transferências forçadas de tecnologia e roubo de propriedade intelectual e também segredos comerciais em grande escala", disse, ao pedir por uma reforma da Organização Mundial do Comércio.

Irã

"Nenhuma nação deve subsidiar a sede de sangue do Irã", disse Trump, em mensagem possivelmente direcionada aos líderes das cinco nações signatárias do acordo nuclear do Irã: Alemanha, França, Reino Unido, Rússia e China.

"O registro de morte e destruição do regime é bem conhecido por todos nós", disse Trump ao se dirigir à ONU. "O regime está desperdiçando a riqueza e o futuro da nação em uma busca fanática por armas nucleares e os meios para implantá-las".

Trump mencionou os ataques às instalações de petróleo sauditas em 14 de setembro, dizendo que os EUA "impuseram o mais alto nível de sanções ao banco central e ao fundo soberano do Irã" em resposta a eles. "Enquanto o comportamento ameaçador do Irã continuar, as sanções não serão levantadas, elas serão reforçadas", afirmou Trump.

Imigração

Uma das principais agendas do governo do republicano é a diminuição da imigração ilegal nos EUA. Durante seu discurso, ele chegou a falar diretamente com imigrantes:

"Se você chegar aqui, não poderá entrar. Você será prontamente devolvido para sua casa. Você não será libertado em nosso país. Enquanto eu for presidente dos Estados Unidos, cumpriremos nossas leis e protegeremos nossas fronteiras".

Depois, voltou-se aos críticos da sua política de tolerância zero contra a imigração.

“Hoje, tenho uma mensagem para os ativistas das fronteiras abertas, que se escondem na retórica da justiça social: suas políticas não são justas. Suas políticas são cruéis e más", disse Trump.

LGBTQ e mulheres

O presidente dos Estados Unidos defendeu os direitos das mulheres e da comunidade LGBTQ ( Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros, Queer) durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU, criticando os países que não o fazem.

"Ao defendermos os valores americanos, afirmamos o direito de todas as pessoas a viver com dignidade", disse. "Somos solidários com pessoas LGBTQ que vivem em países que punem, prendem ou executam indivíduos com base em orientação sexual", disse Trump.

Ele lembrou ainda que os EUA estão "defendendo o papel das mulheres em nossas sociedades".

"As nações que empoderam as mulheres são muito mais ricas, seguras e muito mais politicamente estáveis", disse ele. "Portanto, é vital, não apenas para a prosperidade de uma nação, mas também para sua segurança nacional, buscar o desenvolvimento econômico das mulheres".

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