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Daniel Ortega alegou que, “se querem fazer do jeito democrático, que comecem a eleger, com os votos dos católicos, o papa, os cardeais, os bispos”
Daniel Ortega alegou que, “se querem fazer do jeito democrático, que comecem a eleger, com os votos dos católicos, o papa, os cardeais, os bispos”| Foto: EFE/Jorge Torres

O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, acusou a Igreja Católica de ser uma “ditadura perfeita” e de ser hipócrita ao pedir democracia no país centro-americano, onde seu regime promove uma perseguição ao clero, a opositores, ONGs e à imprensa independente.

“Quem elege os padres? Quem elege os bispos? Quem elege o papa, os cardeais, quantos votam, quem lhes dá [votos]? Se querem fazer do jeito democrático, que comecem a eleger, com os votos dos católicos, o papa, os cardeais, os bispos. Com o voto da população, eleger os sacerdotes de cada comunidade. Que seja a população que os eleja, e não [que sejam] todos impostos”, disse Ortega, num discurso transmitido pelo estatal Canal 6.

“É uma ditadura perfeita, [a Igreja] é a ditadura perfeita. É uma tirania, a tirania perfeita”, acrescentou o ditador nicaraguense. “Santo tirano, digo com toda a clareza, santo tirano. Com que autoridade me falam de democracia? Quantos votos vocês, bispos, tiveram da parte da população para serem nomeados bispos?”

Ortega considera que bispos e padres apoiaram manifestações que pediram sua saída em 2018, protestos que foram reprimidos com extrema violência, resultando em mais de 300 mortes.

Neste ano, ele intensificou a perseguição à Igreja, ao prender padres e bispos (como Rolando Álvarez, crítico da ditadura sandinista e que pede democracia na Nicarágua), expulsar freiras missionárias do país e fechar emissoras de rádio e TV católicas.

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