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O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega
O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega| Foto: EFE/Jorge Torres

O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, expressou apoio nesta segunda-feira ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, no reconhecimento unilateral dos territórios separatistas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, embora não tenha somado seu país a essa iniciativa.

"O presidente Putin deu um passo hoje, onde o que fez foi reconhecer algumas repúblicas que, desde o golpe de 2014, não reconheceram os governos golpistas (na Ucrânia) e estabeleceram seu governo e lutaram", disse Ortega, durante um ato oficial.

Em seu discurso, o ditador sandinista destacou que o que Putin fez "é reconhecer esses governos porque eles têm seus governos" e que se tratam de duas províncias fronteiriças com a Rússia que resistiram "à agressividade do exército ucraniano".

"Logicamente", acrescentou Ortega, que esse reconhecimento unilateral desses territórios separatistas "traz apoio militar (russo) para que esses governos tenham sua segurança".

"No final, a Rússia deu este passo e é um passo que tomara que crie as condições para um entendimento lá, porque o que a Rússia pede é segurança e essa segurança pode ser alcançada com base em acordos que já existiam e que vieram sendo incumpridos pelos europeus e os Estados Unidos", completou.

Segundo Ortega, a União Europeia (UE) e os Estados Unidos "vêm cercando e ameaçando a Rússia" desde 2014.

"Espero que os países europeus e os Estados Unidos entendam que este é o momento de buscar um entendimento, um acordo firme, que dê segurança à Rússia", continuou.

Na opinião de Ortega, "esta decisão tomada hoje pelo presidente Putin abre a possibilidade de que essa situação não tenha um desfecho mais drástico, porque eles estão usando a Ucrânia para provocar a Rússia".

"A Ucrânia está procurando uma maneira de entrar na Otan, e entrar na Otan é dizer: vamos à guerra com a Rússia, e isso explica por que a Rússia está agindo do jeito que está, está simplesmente se defendendo", declarou.

"Tenho certeza de que, se eles fizerem uma eleição ou um referendo lá, como o que fizeram na Crimeia, tenho certeza de que as pessoas votarão para se juntar à Rússia e retornarão à situação como era antes da queda da União Soviética", acrescentou.

Putin reconheceu nesta segunda-feira a independência das autoproclamadas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, e determinou o envio de soldados para esses territórios, o que desencadeou a rejeição internacional e o anúncio de sanções.

A Ucrânia já anunciou que continua considerando as regiões de Donetsk e Luhansk, inclusive áreas controladas por separatistas pró-Rússia, como parte de seu território.

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