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Terror

Documento do FBI indica que Bin Laden tirou parentes dos EUA pouco após 11 de setembro

Documentos do FBI divulgados nesta quinta-feira pela organização Judicial Watch, que investiga a corrupção no governo americano, indicam que Osama bin Laden pode ter providenciado a fuga de sauditas dos Estados Unidos, entre eles seus parentes, pouco depois dos atentados de 11 de setembro de 2001. De acordo com um dos relatórios, de 21 de setembro daquele ano, o líder da Al-Qaeda teria fretado um dos seis vôos nos quais membros da família real saudita deixaram o país. No entanto, diversos erros e informações inconsistentes levantam suspeitas sobre a validade da investigação.

O juiz americano Richard W. Roberts determinou que o FBI apresentasse revelações apropriadas para a Corte Distrital. Antes, ele criticou a falta de adequação dos documentos, a validade das informações registradas e outros erros em revelações do FBI. A polícia federal americana teria editado o nome de Bin Laden nos textos para "proteger interesses particulares".

O filme Farenheit 9/11, dirigido por Michael Moore e lançado no Brasil em 2004, já mencionava a saída dos sauditas do país, o que agora seria confirmado pelo FBI. O filme diz que 142 sauditas, incluindo 26 membros da família Bin Laden, foram autorizados a deixar os EUA, depois de 13 de setembro, quando o espaço aéreo estava fechado, graças a autorização do presidente George W. Bush. Ninguém teria sido interrogado. O então diretor de contraterrorismo dos EUA, Richard Clarke, assumiu inteira responsabilidade pelo ato e garantiu que não pediu a autorização do presidente.

Sauditas teriam desembarcado em Paris

"Em 19/09/2001, um avião 727 fez o vôo Ryan 441 para Orlando (...). O avião foi fretado pela família real saudita ou por Osama bin Laden. O FBI investigou a bagagem do avião, na qual nada suspeito foi encontrado", diz o documento. O avião recebeu permissão para deixar os EUA depois de fazer quatro paradas para o embarque de passageiros, pousando em Paris, onde todos desembarcaram no dia 20 de setembro, segundo o texto.

Os documentos mais recentes do FBI incluem detalhes sobre os vôos, realizados entre 14 e 24 de setembro. Os relatórios também contêm resumos de interrogatórios breves e notas de analistas da inteligência americana sobre o planejamento que teria sido feito antes das partidas. De acordo com os textos, nenhum dos sauditas ou parentes de Bin Laden tinha qualquer informação relevante para a investigação.

Além da falta de consistência da investigação, há contradições no texto. Em um dos relatórios, por exemplo, o FBI informa ter entrevistado 20 de 23 passageiros do vôo da Ryan International Airlines (citado como "o vôo da família Bin Laden"). Em outro documento, o FBI diz ter entrevista 15 dos 22 passageiros do mesmo vôo.

- Oito dias depois do pior ataque terrorista da história dos EUA, Osama bin Laden possivelmente fretou um avião para varrer sua família para fora do país, e isso não é mais do que uma investigação de bagagens e uns poucos interrogatórios? - questionou o presidente da Judicial Watch, Tom Fitton.

- Esses documentos provam claramente que o FBI conduziu a uma investigação negligente desses vôos sauditas. Nós nunca vamos saber quantas frentes de investigação foram perdidas pela falta de diligência do FBI - criticou.

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