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Os dois candidatos à Presidência da Costa do Marfim prestaram juramento em cerimônias diferentes neste sábado (4), depois de cada um deles declarar-se vitorioso no segundo turno das eleições, realizado na semana passada. Com a crise política saindo de controle, manifestações de rua aconteceram em Abidjan, a capital.

O atual presidente, Laurent Gbagbo, cobriu-se com a bandeira nacional ao prestar juramento em uma cerimônia no palácio presidencial. Ele foi declarado vencedor da eleição na sexta-feira pelo Conselho Constitucional, que anulou os resultados de sete das 19 regiões do país; com isso, 500 mil votos, ou 10% do total, foram declarados nulos, o que reverteu o resultado anunciado na quinta pela Comissão Eleitoral Independente, que era uma vitória do candidato de oposição, Alassane Ouattara.

Seu rival "tomou posse" em outra cerimônia, no Hotel du Golf, que é guardado por forças de paz da ONU. "Os últimos dias foram difíceis, mas posso dizer a vocês que agora a Costa do Marfim está em boas mãos", disse Ouattara.

O primeiro-ministro Guillaume Soro, que participava de um governo de unidade nacional com Gbagbo desde a assinatura de um acordo de paz, em 2007, declarou apoio a Ouattara - que, por sua vez, disse que seu primeiro ato como presidente seria renomear Soro para o cargo.

O presidente dos EUA, Barack Obama, o da França, Nicolas Sarkozy o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, emitiram comunicados dizendo que reconhecem Ouattara como o presidente eleito. O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, deu a entender que não vai cooperar com Gbagbo.

Em Abidjan, manifestantes em favor de Ouattara saíram às ruas e queimaram pneus. "O risco de violência entre os apoiadores das duas partes, assim como a repressão das forças de segurança contra apoiadores de Ouattara, é muito alto", disse a pesquisadora Corinne Dufka, da Human Rights Watch.

Essas eleições foram as primeiras na Costa do Marfim desde a guerra civil de 2002/2003. O mandato de Gbagbo terminou em 2005, mas ele adiou várias vezes a convocação das eleições, alegando que não havia como garantir condições de segurança para o pleito. As informações são da Associated Press.

fonte: Agência Estado

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