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Mulher caminha pela praia enquanto uma tempestade se aproxima de Nassau, nas Bahamas, 12 de setembro de 2019
Mulher caminha pela praia enquanto uma tempestade se aproxima de Nassau, nas Bahamas, 12 de setembro de 2019| Foto: Andrew CABALLERO-REYNOLDS / AFP

O furacão Dorian causou devastação no arquipélago das Bahamas no começo de setembro e agora finalmente se afastou da costa americana do Atlântico, mas a temporada de furacões no Oceano Atlântico ainda está longe de terminar.

A temporada de furacões no Atlântico neste ano começou em 1 de junho e vai até 30 de novembro. Os furacões são classificados de acordo com a sua intensidade e potencial de causar danos na escala Saffir-Simpson, que vai de 1 a 5. Furacões a partir da categoria 3 são considerados grandes furacões.

Meteorologistas da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) dos EUA divulgaram uma previsão atualizada no início de agosto que diz que há 45% de chances de que a atividade de furacões em 2019 fique acima da média, que é de 12 tempestades com nomes por ano. Uma tempestade é batizada quando ela se torna uma tempestade tropical, ou seja, sustenta ventos de 62 quilômetros por hora ou mais.

Em média, seis dessas tempestades tropicais se transformam em furacões a cada ano, e por volta de três se tornam grandes furacões.

A previsão para esta temporada é de 10 a 17 tempestades com nomes e que de cinco a nove dessas se tornem furacões. Até o momento, já ocorreram sete tempestades com nome em 2019. Duas delas, Barry e Dorian, ganharam força e se tornaram furacões.

Os furacões devem se intensificar por causa do fim do El Niño, o fenômeno de aquecimento no Oceano Pacífico. O El Niño causa aumento de tempestades e furacões no Pacífico, e o oposto no Oceano Atlântico, diminuindo as condições de formação de furacões.

"O El Niño normalmente suprime a atividade de furacões no Atlântico, mas agora que ele terminou, podemos ver uma temporada mais movimentada pela frente”, disse Gerry Bell, meteorologista chefe da previsão sazonal de furacões no Centro de Previsão Climática da NOAA. "Essa evolução, combinada às condições mais favoráveis associadas à era de alta atividade de furacões no Atlântico que está em andamento desde 1995, aumenta a probabilidade de atividade acima do normal este ano".

Humberto

As ilhas de Grande Bahama e Ábaco, arrasadas pelo furacão Dorian, estão sob alerta de tempestade tropical desde a manhã desta sexta-feira (13). O sistema em questão, classificado no momento como um "potencial ciclone tropical", está a cerca de 225 quilômetros do sudeste de Grande Ábaco.

A previsão era de que o sistema se aproximasse das Bahamas na sexta-feira. No sábado, as chances são de 90% de que ele se torne uma tempestade tropical, e por isso receberia o nome de "Humberto".

Depois disso, os EUA podem ser a próxima parada da trajetória, mas ainda há incertezas. O cenário mais provável até o momento é de que a tempestade passe muito perto da costa da Flórida.

Entre a sua localização atual e a Flórida está o noroeste das Bahamas, onde os trabalhos de recuperação ainda estão em andamento, após a região ter sido atingida diretamente pelo furacão Dorian, que foi uma das tempestades mais fortes do Atlântico a atingir o continente. A tempestade que se forma deve trazer chuvas e ventos fortes, que podem interromper os serviços de recuperação.

O Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA informou na sexta-feira que "esse sistema não deve produzir maré de tempestade no noroeste das Bahamas". Em comparação, estima-se que o Dorian tenha provocado marés de até 7 metros na região.

O sistema parece intensificar-se até se tornar a tempestade Humberto na madrugada de sábado, momento em que poderia estar localizado a leste de Miami. No entanto, o NHC estima apenas 10% de possibilidade de ventos com força de tempestades tropicais - de 62 quilômetros por hora ou mais - atingirem a cidade.

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