Por que os movimentos separatistas afloraram nas últimas semanas na Espanha?
A crise é uma janela de oportunidade para essa causa. O nacionalismo no País Basco e na Catalunha sempre existiu, com partidos que defendem a independênciv a. A população aproveitou a situação para dar mais vida ao movimento, tentan vv do alavancar a ideia.
As separações dessas regiões podem ocorrer?
A Espanha é um caso bem complicado. Entre os países europeus, os espanhóis são os que têm maior dificuldade em manter a unidade dessas diferentes regiões. Para protestar, existem até movimentos que pegam em armas, como é o caso do ETA. Então isso é uma questão histórica. É diferente da França, que abafou organizações desse tipo. Mesmo assim, é difícil ver a Espanha se desintegrar em diversas unidades.
Quais os riscos de uma independência catalã e basca?
São muitos. O País Basco é uma das regiões mais industrializadas da Espanha e a Catalunha é uma das mais ricas. Não é por acaso que eles buscam autonomia, pois não querem dividir essa riqueza. Seria ruim para o país perder esses territórios. O governo espanhol já tem uma imagem negativa por causa da crise. Afinal, eles não deram conta das finanças e da dívida externa. Isso só aumentaria a debilidade de um governo já enfraquecido.
Como essas possíveis independências afetariam o cenário internacional?
É difícil dizer. Tudo depende de como a Catalunha se posicionar como parte da União Europeia. Se virar um país do continente, que atende as diretrizes do bloco, o cenário internacional não sofreria grandes consequências. Não é algo que muda o mundo. O que muda são as políticas para a nação espanhola.
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Deixe sua opinião