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As autoridades de segurança egípcias receberam uma notificação para levar Hosni Mubarak ao Cairo para julgamento, disse a televisão Al Arabiya na terça-feira, mas uma fonte sênior da segurança negou a informação, aumentando as especulações sobre se o líder deposto comparecerá ou não.

Mubarak, que tem 83 anos, está internado no resort do Mar Vermelho de Sharm el-Sheikh desde abril, quando foi interrogado pela primeira vez. O julgamento está marcado para quarta-feira.

Muitos egípcios consideram a doença dele uma desculpa para que o Exército evite a humilhação pública do antigo comandante, acusado de conspiração para matar manifestantes e de outros crimes.

A Al Arabiya, que citou seu repórter, disse que a notificação sobre a transferência do presidente deposto foi emitida para autoridades no Sinai do Sul, responsáveis pela área de Sharm El-Sheikh. Uma fonte sênior da segurança do Sinai do Sul, porém, negou a informação à Reuters.

Mais tarde, entretanto, uma fonte do aeroporto em Sharm el-Sheikh afirmou que uma notificação estava em circulação dizendo que Mubarak seria levado dali para o Cairo entre 6h e 7h30 de quarta-feira.

Uma fonte da segurança disse que Mubarak seria levado de helicóptero se fosse para o Cairo.

O ministro da saúde disse que o ex-presidente está bem o suficiente para ser transferido. Uma fonte do hospital afirmou que a equipe estava de plantão para transferi-lo cedo na quarta, mas não podia confirmar se havia uma decisão sobre isso.

Os manifestantes provavelmente ficarão furiosos caso Mubarak não compareça ao tribunal montado num complexo da Academia de Polícia onde ele falou à nação dois dias antes do início dos protestos contra o seu governo, em 25 de janeiro. Ele deixou o poder 18 dias mais tarde.

Uma grande cela foi montada no hall da Academia de Polícia onde ocorrerá o julgamento. Os réus nos julgamentos criminais do Egito são colocados atrás das grades nas sessões.

"Eu de fato espero que ele venha à corte e enfrente o julgamento. Esse homem fez muitas coisas ruins ao seu povo e não há desculpas para ter feito isso, mas se ele será condenado ou não, eu não acredito que eu viverei para ver esse dia," disse Mary Gerges, de 23 anos, falando no Cairo a caminho do trabalho.

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