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Egípcios furiosos com um filme que eles afirmam ser insultuoso ao islã atiraram pedras, nesta sexta-feira (14), contra policiais que bloqueavam o caminho para a embaixada dos EUA no Cairo, onde manifestantes escalaram as paredes e destruíram a bandeira americana no início desta semana.

"Deus é o maior" e "Não há nenhum deus, senão Deus" eram os gritos entoados por um grupo perto da frente dos confrontos, à medida que policiais da tropa de choque usavam gás lacrimogêneo e atiravam pedras de volta em uma rua que leva da Praça Tahrir para a embaixada.

Cerca de 300 pessoas se reuniram para protestar, algumas agitando bandeiras com slogans religiosos. A mídia estatal informou que 224 pessoas ficaram feridas desde a noite de quarta-feira (13).

A Irmandade Muçulmana, grupo que levou o presidente Mohamed Mursi ao poder, pediu por um protesto pacífico em todo o país nesta sexta contra o filme, depois que o vídeo provocou manifestações em toda a região. Muitos muçulmanos consideram qualquer representação do profeta Maomé como blasfêmia.

O embaixador dos EUA na Líbia foi morto por homens armados na terça-feira e a missão diplomática dos EUA no Iêmen foi atacada por manifestantes, em outros protestos contra o filme.

Mursi, o primeiro presidente livremente eleito do Egito, tem de encontrar um equilíbrio delicado, cumprindo a promessa de proteger a embaixada do país, que é um grande doador de ajuda ao Egito, ao mesmo tempo em que tem de estar ao lado de seus apoiadores islâmicos para assumir uma posição forte contra o filme.

Mursi disse nesta quinta-feira que havia falado com o presidente dos EUA, Barack Obama, e lhe pediu para agir contra aqueles que procuram prejudicar as relações entre os países. Seu gabinete disse que o governo dos EUA não devia ser culpado pelo filme, mas pediu por uma ação legal contra aqueles que insultaram a religião.

"Antes da polícia, fomos atacados por Obama e seu governo, e os cristãos coptas que vivem no exterior", gritou um manifestante, vestindo uma túnica tradicional e longa barba usada por alguns muçulmanos ultra-ortodoxos, enquanto apontava para o cordão policial.

Alguns egípcios ficaram furiosos com a violência. Uma foto circulando no Facebook mostrou um carro queimado acompanhada pelas palavras: "As pessoas saem para defender o profeta com bombas de gasolina e insultos religiosos para a polícia. Eles não rezam ao meio-dia ou à tarde. Quem são eles? "

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