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O Egito pediu à Grã-Bretanha que congele os bens de vários ex-integrantes do governo, questão que também será discutida nesta segunda-feira durante reunião de ministros de Finanças da União Europeia (UE), informou o ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague. A Alemanha informou que também recebeu pedido semelhante do atual governo do Cairo.

Hague revelou também que o primeiro-ministro egípcio Ahmed Shafiq disse a ele que integrantes da oposição serão incluídos numa reformulação do gabinete que deve ocorrer na próxima semana.

"Nós recebemos um pedido do governo egípcio para congelar os bens de vários ex-integrantes do regime", disse Hague ao Parlamento. "Obviamente vamos cooperar, trabalhando com nossos parceiros internacionais e da UE como fizemos no caso da Tunísia."

"O chanceler do Tesouro (o ministro de Finanças George Osborne) vai discutir o apoio econômico e possíveis medidas relacionadas ao congelamento de bens com ministros de Finanças da UE esta noite e amanhã em Bruxelas."

Hague acrescentou que "se houver qualquer evidência de ilegalidade ou mau uso dos bens do Estado vamos tomar atitudes firmes e imediatas".

Ele não mencionou especificamente Hosni Mubarak, que renunciou na sexta-feira após semanas de protestos contra seus 30 anos de governo autoritário. Mubarak permanece no Egito.

A UE e a Grã-Bretanha haviam afirmado que precisavam de um pedido do Cairo para tomar uma atitude em relação aos bens de Mubarak e que qualquer congelamento deveria ser de uma estrutura internacional, como a UE.

O chefe dos ministros das Finanças da zona do euro, o primeiro-ministro de Luxemburgo Jean-Claude Juncker, disse hoje que gostaria que a região seguisse o exemplo da Suíça, que congelou os bens de Mubarak na sexta-feira. As informações são da Dow Jones.

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