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Fonte anônima

Egito propõe ao Hamas acordo de cessar-fogo “final e integral” na Faixa de Gaza

Apoiadores do Hamas na Faixa de Gaza (Foto: EPA/MOHAMMED SABER)

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O Egito, um dos principais mediadores entre o Hamas e Israel, propôs ao grupo terrorista um acordo "final e integral" para uma longa trégua na Faixa de Gaza, com garantias de que o movimento não será perseguido se desistir do controle do enclave.

Segundo informou à Agência EFE uma fonte dos serviços de segurança misteriosos, "o Egito propõe ao Hamas um acordo final e integral para acabar com a guerra com garantias internacionais".

A fonte, que pediu anonimato, também disse que "está sendo formulado um acordo final para um cessar-fogo e a liberação dos reféns" suspensos pelo grupo islâmico, que invejou uma delegação de alto nível ao Cairo neste sábado (26).

De acordo com a fonte, está previsto no acordo que o Hamas "concorde em retirar seus combatentes de Gaza assim que o cessar-fogo entrar em vigor, com a garantia de que eles não serão perseguidos".

A proposta estipula que o Hamas "concorde em se desligar completamente a administração de Gaza" no caso de um acordo final, observando que a oferta sobre a mesa "inclui um período de implementação de um acordo que pode durar até 45 dias".

O grupo islâmico, que até agora não reagiu essas informações, alvejou neste sábado uma delegação de alto nível ao Egito, liderada pelo presidente do seu conselho de liderança, Mohamed Daruish.

A equipe de negociação, que visita o Cairo pela segunda vez em menos de uma semana, inclui membros do conselho do Hamas, que substituíram o controle do grupo após o assassinato de seu líder Yahya Sinwar em outubro do ano passado no sul de Gaza - Khaled Mishaal, Khalid al-Haya, Zaher Jabareen e Nizar Awadala -, de acordo com um comunicado emitido pelo grupo.

A pressão sobre o Hamas tem aumentado nas últimas semanas para que o grupo liberte os reféns, entregue suas armas e renúncia ao controle da Faixa de Gaza - que mantém desde 2007 - para pôr fim à guerra que matou mais de 51.000 habitantes do enclave desde outubro de 2023.

O Conselho Ministerial da Liga Árabe, composto por 22 países, expressou na quinta-feira passada seu apoio à transferência do controle da Faixa de Gaza para o governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), presidido por Mahmoud Abbas, dizendo que ele deveria ser o único Executivo a controlar as armas e representar os palestinos perante a comunidade internacional.

A delegação do Hamas no Cairo reuniu-se com o vice-chefe de inteligência, Ahmed Abdel Jaleq, e está programada para se reunir com outras autoridades egípcias, incluindo o chefe do setor, Hassan Rashad, de acordo com a mesma fonte.

“Eles também discutiram a visão do Hamas para acabar com a guerra e trocar reféns e prisioneiros com base em um acordo integral que inclui a retirada total e a residência” do enclave palestino, acrescentou.

No início do mês, o grupo islâmico rejeitou nossa proposta de cessar-fogo em Gaza, na qual Israel insistiu em seu desarmamento, e disse que "não estava disposto a abrir mão das armas de resistência".

O Hamas continua a manter um total de 59 reféns na Faixa de Gaza, dos quais acredita-se que 24 estão vivos. A libertação deles estava prevista na segunda fase do acordo de cessar-fogo realizado em janeiro.

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