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Estado Islâmico

Egito responde ao assassinato de cristãos com bombardeios na Líbia

Governo egípcio pede intervenção internacional e lança ataques contra reduto extremista para vingar a morte de 21 fiéis coptas

Familiares dos cristãos egípcios mortos pelo Estado Islâmico participam de missa ao sul do Cairo | Asmaa Waguih/Reuters
Familiares dos cristãos egípcios mortos pelo Estado Islâmico participam de missa ao sul do Cairo (Foto: Asmaa Waguih/Reuters)

Cairo realizou ontem dois ataques contra posições do Estado Islâmico (EI) na Líbia, enviando aviões que bombardearam Darna, um reduto extremista no leste do país.

A ofensiva do Egito foi lançada em resposta ao assassinato de 21 cristãos coptas pelo EI, gravada em vídeo e divulgada pela internet no último domingo – algo se tornou uma marca do grupo.

O fato pegou a comunidade internacional de surpresa ao mostrar a influência do EI numa região fora do Iraque e da Síria. Partidários do grupo dominaram diversas cidades líbias, atravessando o Mar Mediterrâneo a partir da Itália.

Ainda é incerto se os bombardeios egípcios terão continuidade – Cairo havia pedido uma intervenção internacional na Líbia –, mas a ação militar acentua a crise política no território líbio.

A chefia das Forças Armadas detalhou que os bombardeios foram "contra quartéis, posições de concentração e de treinamento, e armazéns de armas" dos jihadistas.

Pelo menos cinco civis, três crianças e duas mulheres morreram nos ataques.

Para o Exército egípcio, a resposta cumpriu seus objetivos "com exatidão" e os aviões das Forças Aéreas egípcias "voltaram sãos e salvos para suas bases".

As Forças Armadas advertiram que a ação se trata de "uma vingança em nome do sangue egípcio".

A força aérea líbia também participa da ação militar.

Desde a queda do ditador Muammar Kadafi, em 2011, vários grupos extremistas se fortaleceram na Líbia. Alguns deles declararam ter ligações com o EI e reivindicaram a autoria de ataques de grande porte, como o atentado contra o hotel Corinthia, em Tripolí, no mês passado, que deixou nove mortos.

O governo do Egito pede que a coalizão liderada pelos EUA que combate o Estado Islâmico na Síria e arredores aumente seu escopo e passe a atuar na África.

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