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Procurador-geral de El Salvador, Rodolfo Delgado, em coletiva de imprensa
Procurador-geral de El Salvador, Rodolfo Delgado, em coletiva de imprensa| Foto: EFE/Rodrigo Sura

Um tribunal em El Salvador condenou o ex-presidente Maurício Funes a 14 anos de prisão pelo seu envolvimento com grupos e gangues criminosas locais e descumprimento de deveres com o país. A sentença foi decretada nesta segunda-feira (29). Além de Funes, seu ex-ministro da Defesa, David Munguia, recebeu 18 anos de cadeia.

“Conseguimos verificar que esses dois ex-funcionários, que tinham a obrigação de proteger os salvadorenhos, negociaram suas vidas em troca de favores eleitorais, atuando como membros de gangues”, afirmou o procurador-geral de El Salvador, Rodolfo Delgado.

Para os promotores de El Salvador, o ex-ministro David Munguia também participou de associação criminosa e falhou em cumprir suas obrigações de Estado na promoção do plano de trégua negociada com as gangues do país em 2012. Ao sair da audiência, Munguia afirmou que “acreditava que sua sentença tinha base política e que as acusações eram infundadas”.

Fora de El Salvador, o ex-presidente Maurício Funes, que governou o país entre 2009 e 2014 e que está atualmente sob proteção do ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, de quem recebeu “cidadania nicaraguense”, não comentou a condenação.

Em 2016, em meio a uma investigação por corrupção e enriquecimento ilícito, Maurício Funes, temendo uma condenação, pediu asilo ao regime nicaraguense para ele e sua família, e foi atendido. De acordo com a Constituição da Nicarágua, cidadãos do país não podem ser extraditados, o que praticamente livra Funes de cumprir a pena.

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