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O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, que deve ser reeleito, segundo pesquisas
O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, que deve ser reeleito, segundo pesquisas| Foto: EFE

A maior parte dos centros de votação disponibilizados em El Salvador para as eleições presidenciais, legislativas e municipais deste domingo (4) fecharam às 17h (20h em Brasília), dando lugar ao início da apuração do pleito em que o atual presidente, Nayib Bukele, busca a reeleição. Segundo pesquisas, ele deve obter entre 65 e 80% dos votos.

Os 1.595 centros de votação, a maioria em instituições de ensino, fecharam as portas, embora em alguns locais os cidadãos continuem chegando para votar. Cerca de 6,2 milhões de salvadorenhos (740 mil no exterior) foram convocados para votar nestas eleições. O dia das eleições transcorreu sem incidentes graves, embora nove pessoas tenham sido detidas por terem violado cédulas de voto, feito proclamações políticas nos centros de votação ou comparecido em estado de embriaguez.

O presidente do partido Aliança Republicana Nacionalista (ARENA), Carlos Saade, denunciou irregularidades no processo eleitoral e pediu aos magistrados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para estarem muito atentos à contagem dos votos. "Observamos tudo sem problemas, mas, se houver questões específicas, convidamos a denunciá-las", declarou a chefe da missão de observação eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Isabel de Saint Malo, que destacou a elevada participação de salvadorenhos residentes no exterior.

O presidente Nayib Bukele, de 42 anos, é o primeiro presidente da era democrática de El Salvador a concorrer à reeleição. Se vencer, será o primeiro a se repetir no cargo. O caminho para a reeleição de Bukele foi aberto em 2021, quando a Câmara Constitucional do Supremo Tribunal, que havia sido nomeada por um Congresso de maioria governista sem seguir o procedimento legal, mudou os critérios de interpretação da Constituição.

A popularidade de Bukele, de acordo com as pesquisas, é sustentada principalmente por seu progresso na segurança, pois ele conseguiu manter e acentuar a diminuição dos homicídios iniciada em 2016 e, de acordo com as autoridades, arrancar das gangues o controle de bairros populares. Até 2015, El Salvador era considerado um dos países mais violentos do mundo, com 103 homicídios por 100 mil habitantes, um número que caiu para 2,4 em 2023, tornando o país o mais seguro da América Latina, de acordo com o governo.

Um regime de emergência aprovado pelo partido governista no Congresso, a pedido de Bukele, resultou em mais de 76 mil prisões e mais de 6 mil denúncias de abusos de direitos humanos, incluindo cerca de 220 mortes sob custódia, desaparecimentos de curto prazo e tortura.

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