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Uma pessoa vota nas eleições primárias abertas do Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv), em Caracas (Venezuela).
Uma pessoa vota nas eleições primárias abertas do Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv), em Caracas (Venezuela).| Foto: Ronald Peña/Agência EFE

O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) realizou neste domingo (8) eleições primárias para escolher os candidatos das eleições regionais que acontecerão no final do ano para definição de governadores e prefeitos.

O vice-presidente do PSUV Diosdado Cabello foi o responsável por anunciar nesta segunda-feira os primeiros resultados eleitorais do pleito, cuja participação, segundo ele, foi massiva: “Mais de três milhões e meio de venezuelanos exerceram seu direito ao voto”, afirmou.

Embora as autoridades do partido, incluindo o ditador Nicolás Maduro, tenham destacado o caráter democrático do pleito e sua importância para “a consolidação da paz e do diálogo político”, na prática as eleições foram marcadas por violência e irregularidades.

Em Sarare, capital do município de Simón Planas, por exemplo, militantes do PSUV denunciaram agressões fomentadas pelo prefeito Jean Gerardo Ortiz, pré-candidato a reeleição. Vários feridos foram levados ao hospital mais próximo.

Houve também denúncias de que o General Víctor Mora Moreno do estado de Aragua, estaria “comandando” seus subordinados a votarem em Marco Torres nas primárias do estado. Também em Aragua, militantes do PSUV denunciaram que o prefeito Régulo La Cruz estava utilizando automóveis para intimidar eleitores.

Em Zulia, estado no noroeste do país, também foram reportados incidentes: em Guajira houve disputa entre dois grupos políticos que impediam-se mutuamente de votar; também acusaram o atual prefeito de se utilizar do sistema de transporte público para levar eleitores aos locais de votação.

Os confrontos, além de exibir a divisão interna do partido de Maduro, ainda mostram quão difícil será uma renovação de seus quadros, mesmo com o pleito aberto para pessoas que não fossem filiadas ao partido.

Partido minimiza incidentes

A cúpula do PSUV, entretanto, sequer fez menção aos incidentes e, nesta segunda-feira, apenas ressaltou o caráter democrático do pleito.

A direção nacional do PSUV, Diva Guzmán, apenas louvou as primárias: “Reportaram-nos que militantes do leste a oeste saíram desde madrugada em grande número para exercer seu direito à participação”.

Sem citar os confrontos entre os candidatos nem as brigas entre simpatizantes, Guzmán acrescentou que os militantes foram "muito enfáticos [...] em colocar limites a excessos".

O ditador Nicolás Maduro limitou-se a afirmar que as eleições primárias abertas foram “um êxito, uma vitória total”.

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