O bilionário Elon Musk fechou nesta quinta-feira (27) o acordo de compra do Twitter por US$ 44 bilhões, informou a CNN. Segundo duas fontes ouvidas pela emissora americana, o empresário demitiu o CEO Parag Agrawal e dois outros executivos.
Musk já havia sinalizado o fechamento do negócio com duas ações entre quarta (26) e quinta-feira. Primeiro, ele publicou um vídeo no qual aparecia entrando sorridente na sede do Twitter carregando uma pia, ao lado da mensagem “Entering Twitter HQ – let that sink in!”.
Num trocadilho com a palavra pia em inglês (sink), a mensagem pode ser traduzida como “Entrando na sede do Twitter – deixe a ficha cair!”, numa referência à conclusão do negócio. Depois, na manhã de quinta-feira, Musk publicou uma carta na própria rede social sobre a transação.
“A razão pela qual adquiri o Twitter é porque é importante para o futuro da civilização ter uma praça digital comum, onde uma ampla gama de crenças possa ser debatida de maneira saudável, sem recorrer à violência”, escreveu.
Musk, por ordem judicial, deveria completar a aquisição do Twitter no valor de US$ 44 bilhões até sexta-feira (28) se quisesse evitar uma ação judicial movida pela empresa depois de ter voltado atrás no negócio, anunciado em abril.
O empresário desistiu da compra dias depois alegando que a big tech não apresentou provas de que menos de 5% de seus usuários ativos diários são contas falsas ou de spam. O Twitter então entrou na Justiça para forçar o bilionário a concretizar o negócio.
Musk alegou posteriormente também que uma suposta indenização de US$ 7,75 milhões paga ao ex-chefe de segurança Peiter Zatko, que denunciou falhas de defesa cibernética na plataforma, violou uma cláusula do contrato de aquisição.
A novela sofreu uma reviravolta no começo de outubro, quando Musk comunicou que pretendia fechar a compra nos termos originais da proposta. Especula-se que as polêmicas foram uma tentativa de reduzir o valor da transação.
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