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diplomacia

Em clima de desacordo, Venezuela inicia presidência rotativa do Mercosul

Ato aconteceu um dia depois de os sócios fundadores do bloco concluírem sem consenso uma reunião em sua sede de Montevidéu para definir a passagem da presidência pro tempore

Bandeira do bloco sendo hasteada em frente à Casa Amarela, sede protocolar da chancelaria venezuelana | Federico Parra/AFP
Bandeira do bloco sendo hasteada em frente à Casa Amarela, sede protocolar da chancelaria venezuelana (Foto: Federico Parra/AFP)

A chancelaria venezuelana içou nesta sexta-feira (5), em Caracas, a bandeira do Mercosul para simbolizar o início de seu período na presidência rotativa do bloco, apesar da oposição dos sócios fundadores.

Uma bandeira branca com a logo do organismo foi hasteada na frente da Casa Amarela, sede protocolar da chancelaria, no centro da capital, em um ato liderado pela ministra Delcy Rodríguez e um grupo de funcionários diplomáticos, com o hino venezuelano ao fundo.

O ato aconteceu um dia depois de os sócios fundadores do bloco concluírem sem consenso uma reunião em sua sede de Montevidéu para definir a passagem da presidência pro tempore.

O Uruguai encerrou a presidência do Mercosul na sexta-feira passada depois de seis meses à frente do bloco, sem ato de passagem à Venezuela, que por ordem alfabética a seguiria no posto.

No entanto, os governos de Brasil, Paraguai e Argentina não reconhecem o mandato e questionam a administração do presidente Nicolás Maduro pela situação política na Venezuela.

Reunião

Nesta quinta-feira (4), uma reunião de técnicos do bloco composto por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela se reuniram em Montevidéu para um encontro que terminou sem qualquer avanço ou consenso.

A reunião permitiu a “constatação de não houve consenso em torno do tema da presidência pro tempore”, disse o vice-chanceler paraguaio, Rigoberto Gauto, a jornalistas depois do encontro que durou o dia todo.

Na noite de quarta-feira (3), Nicolás Maduro fez duras críticas a alguns de seus sócios. Ele disse em um ato oficial que a Venezuela é perseguida pelos governos de Argentina, Brasil e Paraguai, aos quais chamou de “tríplice aliança de torturadores da América do Sul”.

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