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Mais de 80% dos professores contratados na província cubana de Santa Clara são aposentados, segundo dados estatais
Mais de 80% dos professores contratados na província cubana de Santa Clara são aposentados, segundo dados estatais| Foto: EFE/Yander Zamora

A grave crise econômica que atinge a ditadura cubana, liderada por Miguel Díaz-Canel, tem levado muitos aposentados a retornarem ao trabalho por necessidade na ilha.

Uma das províncias com o maior índice de aposentados que voltam à prática profissional é a de Santa Clara, segundo o Gabinete Nacional de Estatística e Informação (ONEI).

Dados divulgados pelo órgão no final de 2022 mostraram que 87,6% da categoria retornaram ao vínculo empregatício após o fim da carreira.

A pensão recebida pela maioria dos que se aposentam em Cuba é de, aproximadamente, 1.500 pesos cubanos mensais (cerca de R$ 307).

Segundo o portal CubaNet, caso não tenham familiares que os ajudem ou sejam beneficiários de outras fontes de renda, essas pessoas são classificadas em situação de extrema pobreza devido ao custo de vida exorbitante da ilha.

Organizações sem vínculo com o Estado já se manifestaram sobre o problema, mas o regime de Miguel Díaz-Canel afirma que o governo não tem condições de injetar dinheiro para o aumento das pensões, uma vez que a medida aumentará os níveis de inflação sofridos pela economia.

Segundo informações do semanário da Central dos Trabalhadores de Cuba, a província de Holguín depende da contratação de professores aposentados para manter o ano letivo 2023-2024, devido à falta de profissionais locais, que deixaram a região pelo alto custo de vida.

Uma projeção do Ministério da Educação aponta que o envelhecimento da força de trabalho no país tende a aumentar. Os dados registrados em 2020 indicavam que a mão de obra de pessoas acima de 60 anos em Cuba era de 21,9%. A previsão é de que, até 2030, a ilha atinja 29,3% desse grupo.

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