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O representante do presidente Barack Obama para questões do Oriente Médio disse nesta quinta-feira (16) ao chanceler ultranacionalista de Israel, Avigdor Lieberman, que os Estados Unidos continuam querendo a criação de um Estado palestino.

"Reiterei ao chanceler que a política dos EUA favorece, com respeito ao conflito israelense-palestino, uma solução com dois Estados, que terá um Estado palestino convivendo em paz ao lado do Estado judeu de Israel", disse o enviado George Mitchell a jornalistas, ao lado de Lieberman.

"Também esperamos esforços para alcançar uma paz abrangente em toda a região", disse Mitchell.

Lieberman se recusa a retomar as negociações sobre a criação do Estado palestino, que foram lançadas pelo então presidente norte- americano George W. Bush na conferência de Annapolis em 2007.

Em suas declarações aos jornalistas, Lieberman não fez menção a um Estado palestino, um assunto que coloca o governo direitista de Benjamin Netanyahu em rota de colisão com Obama.

"Foi uma ótima oportunidade de trocar algumas ideias, e conversamos sobre uma cooperação realmente estreita", disse Lieberman a respeito do encontro com Mitchell.

O ex-senador norte-americano, que foi mediador no processo de paz norte-irlandês, deve se reunir ainda na quinta-feira com Netanyahu, e na sexta-feira visitará o presidente palestino, Mahmoud Abbas.

Netanyahu até agora tem evitado se comprometer com o estabelecimento de um Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Ele defende que o foco das futuras negociações sejam as questões econômicas e de segurança, e não os temas mais complicados, como a demarcação de fronteiras, o status de Jerusalém e o futuro dos refugiados palestinos.

Mitchell disse que Lieberman lhe falou do desejo israelense de "fazer melhorias econômicas" na Cisjordânia.

Os líderes palestinos rejeitam tal "paz econômica" e dizem que as negociações com Israel devem partir de um compromisso de Netanyahu com a criação de um novo Estado.

Mitchell faz sua primeira visita à região desde a posse de Netanyahu como premiê, em 31 de março.

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