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O presidente do Equador, Daniel Noboa, declarou estado de emergência nacional na segunda (7) após a fuga do líder de facção Los Choneros
O presidente do Equador, Daniel Noboa, declarou estado de emergência nacional na segunda (7) após a fuga do líder de facção Los Choneros| Foto: EFE/ Presidência do Equador

A sede do Executivo equatoriano, localizada no centro histórico de Quito, acordou nesta quarta-feira (10) sob forte proteção militar em um momento em que o país enfrenta uma onda de violência atribuída a grupos do crime organizado que o governo classificou como “terroristas”.

Cerca de 700 militares e 400 agentes policiais, segundo relatos da imprensa local, vigiam a área do centro histórico da capital equatoriana, onde também estão localizadas as sedes da vice-presidência, da prefeitura e outros órgãos oficiais.

Quito acordou fora de seu ritmo habitual devido à determinação do Ministério da Educação para que as atividades fossem realizadas na modalidade virtual.

Além disso, o teletrabalho organizado para diversas instituições públicas, bem como privadas, reduziu consideravelmente a circulação na capital equatoriana e em outras cidades.

Também há pouca movimentação de cidadãos nas estações do metrô da capital, que continuam operacionais sob vigilância policial, mas não militar, como aconteceu na terça-feira (9).

A segurança própria do metrô, inaugurado em 1º de dezembro de 2023, é mantida ainda com suas câmeras de vigilância e o controle específico de pacotes suspeitos.

Segundo fontes do local, foi notável a redução de usuários do meio de transporte no início do dia, apesar de se ter mantido o funcionamento normal nas suas quinze estações.

A prefeitura de Quito restabeleceu o sistema de restrição de trânsito em função do último número da placa do veículo, que foi suspenso na tarde de terça-feira devido à situação de emergência.

OS ALARMES CONTINUAM

A Polícia do Equador relatou um alerta recebido na noite de ontem devido a uma “ameaça” em um posto de gasolina, onde foi encontrado “um veículo incinerado com dois botijões de gás no seu interior”.

As forças de segurança foram imediatamente ao local, no sul de Quito, e retiraram os botijões sem deixar danos ou vítimas.

Além disso, “um suposto artefato explosivo foi retirado sem causar danos nem vítimas em Yacupugro e Libertadores, ao sul de Quito, após a rápida intervenção de unidades especializadas”, disse a Polícia Nacional em suas redes sociais.

Por sua vez, os serviços do aeroporto internacional Mariscal Sucre estão mantidos, mas apenas os viajantes podem entrar no terminal.

O acesso ao aeroporto foi restringido e os agentes controlam a passagem dos veículos através de espelhos com os quais verificam a parte inferior dos carros, para evitar possíveis explosões.

A cidade costeira de Guayaquil (sudoeste), considerada o centro econômico do Equador, também acordou com pouco movimento e pouca afluência de pessoas nas estações de transporte.

Emissora fora do ar nesta quarta

A emissora de televisão TC, com sede em Guayaquil, não transmitiu na manhã desta quarta-feira (10), depois que um grupo de homens encapuzados e armados entrou em suas instalações enquanto faziam uma transmissão ao vivo.

Treze pessoas foram detidas por suposta participação na ocupação do canal, que deixou a transmissão aberta durante grande parte da ação criminosa, que terminou graças à intervenção da polícia. “Voltaremos em breve” é a mensagem exibida na tela quando se sintoniza hoje o sinal da emissora.

O presidente equatoriano, Daniel Noboa, decretou na segunda-feira (7) estado de exceção em todo o país devido à ação violenta de grupos do crime organizado, especialmente devido aos motins em seis prisões e à fuga de presos considerados altamente perigosos.

O incêndio de veículos, os sequestros e ameaças a policiais e agentes penitenciários, os ataques com explosivos e a invasão de encapuzados armados à referida emissora de televisão de Guayaquil sobrecarregaram ainda mais a situação no Equador, que ontem viveu um dia de terror, levando Noboa a reconhecer um conflito armado interno e a ordenar uma intervenção militar. (Com Agência EFE)

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