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O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lamentou nesta quinta-feira (24) a morte do papa Francisco, ocorrida na última segunda-feira (21), no Vaticano. Em nota oficial divulgada nas redes sociais, o governo israelense declarou que “o Estado de Israel expressa suas mais profundas condolências à Igreja Católica e à comunidade católica em todo o mundo pelo falecimento do papa Francisco. Que ele descanse em paz.”
A manifestação do gabinete veio três dias após a morte do pontífice e marcou a primeira reação direta do chefe de governo israelense sobre o tema. Até então, apenas o presidente de Israel, Isaac Herzog, que atua como chefe de Estado, havia se pronunciado publicamente.
Antes da declaração de Netanyahu, o Ministério das Relações Exteriores de Israel havia publicado uma mensagem de pesar, acompanhada de uma imagem do papa Francisco diante do Muro das Lamentações, em Jerusalém. A publicação dizia: “Descanse em paz, Papa Francisco. Que sua memória seja uma bênção.” No entanto, a mensagem foi posteriormente removida. Questionado pela imprensa, o ministério informou que “todos os dias” mensagens são postadas por engano e deletadas, minimizando a exclusão: “Não é significativo”, disseram fontes da pasta à Agência EFE.
Segundo essas mesmas fontes, Israel será representado no funeral do papa, marcado para este sábado (26), pelo embaixador Yaron Sideman, que atua junto à Santa Sé. A ausência de autoridades de alto escalão do governo foi justificada pela coincidência com o shabat, o dia sagrado de descanso dos judeus.
Ao longo de seu pontificado, o papa Francisco se posicionou com frequência sobre conflitos armados, incluindo críticas à atuação de Israel na Faixa de Gaza, onde as forças israelenses seguem combatendo membros do grupo terrorista Hamas. Em novembro de 2024, o então pontífice chegou a pedir uma investigação internacional para avaliar se a ofensiva israelense em Gaza poderia ser caracterizada como “genocídio”.







