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Eleições 2012

Em ritmo de campanha, Obama enfrenta a crise do desemprego

Queda na geração de postos de trabalho e desaceleração econômica são os maiores problemas dos democratas

Os pré-candidatos republicanos à sucessão de Obama antes de debate na tevê | Shannon Stapleton/Reuters
Os pré-candidatos republicanos à sucessão de Obama antes de debate na tevê (Foto: Shannon Stapleton/Reuters)
Obama durante visita a uma fábrica de sistemas de iluminação, na Carolina do Norte |

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Obama durante visita a uma fábrica de sistemas de iluminação, na Carolina do Norte

O presidente americano, Barack Obama, deu início ontem a uma corrida para enfrentar a crise de emprego que atrapalha sua aspiração à reeleição em 2012, depois de ser acusado pelos republicanos de demonstrar indiferença diante da miséria dos desempregados.

Obama viajou à Carolina do Norte e à Flórida (sudeste), estados-chave para decidir sua sorte no próximo ano. A viagem ocorreu no mesmo dia do primeiro debate da campanha republicana, que fez ressoar fortes ataques à sua gestão.

O presidente reuniu seu Conselho do Emprego, um grupo de executivos de corporações e acadêmicos criado para promover ideias que ajudem a reverter a alta do desemprego, em uma fábrica da empresa líder mundial em sistemas de iluminação LED.

A mobilização se dá no momento em que a Casa Branca encontra-se na defensiva, em virtude de dados oficiais que mostram que a taxa de desemprego subiu para 9,1% no mês passado e antes que apareçam outros sinais de que a recuperação está desacelerando, depois da pior recessão em décadas.

O desemprego e a economia aparecem como os principais temas do abrupto início da corrida eleitoral para 2012, quando os republicanos começam a disputar a candidatura de seu partido.

O principal candidato, Mitt Romney, desencadeou o ataque mais forte até agora da incipiente campanha republicana, acusando Obama de ser indiferente à situação dos americanos presos no desemprego. Em um anúncio de campanha, Romney levou à luz um comentário feito por Obama de que os decepcionantes indicadores recentes de emprego representavam uma "pedra no caminho" rumo à plena recuperação econômica.

A propaganda mostra pessoas deitadas na rua que depois se levantam para declarar: "Sou americano, não uma pedra no caminho", enquanto levanta um cartaz com seu nome seguido de: "de pé com Mitt".

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, minimizou a importância do ataque, dizendo que Obama tinha usado uma frase comum no léxico inglês, e completou que a economia está "indo na direção correta", apesar de o caminho não ser reto.

Incômodo democrata

Obama disse ontem que se ele estivesse na "desgraçada" situação do congressista Anthony Weiner – que foi acusado de trocar fotos indecentes e manter relacionamentos com mulheres pela internet – ele renunciaria. "Eu posso lhes dizer que se fosse comigo, eu renunciaria", revelou Obama durante uma breve entrevista à NBC News, em sua primeira manifestação pública sobre o último escândalo sexual que atingiu o Congresso americano.

O caso Weiner tem sido um empecilho aos democratas na largada da campanha presidencial. O parlamentar enfrenta uma forte pressão de seu próprio partido para renunciar.

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