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Em vídeo postado neste domingo (11) no You Tube, um homem que alega ser Amedy Coulibaly, o sequestrador morto pela polícia após manter reféns em um mercado judeu de Paris, afirma fazer parte do Estado Islâmico. Ele diz ainda ter agido em conjunto com os irmãos Kouachi, responsáveis pelo ataque à revista Charlie Hebdo. O "Le Figaro" publicou que a polícia confirmou a autenticidade da gravação.

As imagens mostram cenas de um homem parecido com Coulibaly se exercitando ao ar livre perto de um prédio de tijolos. Também aparecem tiros de armas automáticas, pistolas e munições dispostas em um assoalho de madeira. Em seguida, o homem surge na frente de uma pequena bandeira do Estado Islâmico e promete, em francês, sua lealdade ao califa Abu Bakr al-Baghdadi.

A legenda o identifica como um "soldado do califado" e lista seu nome como sendo Amedy Coulibaly e também Abou Bassir Abdallah al-Ifriqi.

Legendas antes de sua declaração dizem que ele era o responsável pelo ataque de quinta-feira em Montrouge, nos subúrbios de Paris, no qual uma policial foi morta, e que, em outro ataque, no dia seguinte, em um mercado kosher também nos arredores de Paris, ele tomou reféns e "executou cinco judeus". Apenas quatro pessoas foram mortas neste ataque. O homem também foi indicado como o responsável por posicionar um carro-bomba que explodiu nas ruas de Paris.

Posteriormente, no vídeo, o homem fala do ataque ao jornal Charlie Hebdo, referindo-se aos autores como "irmãos" e dizendo que trabalhou com eles. "O que estamos fazendo é completamente legítimo, dado o que eles estão fazendo", diz, em francês fluente. "Você não ataca e não espera retribuição, então vocês estão atuando como vítimas, como se não entendessem o que está acontecendo."

No final do vídeo, o suposto Coulibaly chama outros a realizarem ataques semelhantes.

Parentes

A família de Amedy Coulibaly condenou neste domingo os atentados e desvinculou esses "odiosos atos" do islã. Em comunicado, a mãe e a irmã de Coulibaly, de 32 anos, ofereceram suas "sinceras condolências" às famílias das quatro vítimas judias do atentado no supermercado "Hyper Cacher" e a da agente municipal.

"Condenamos seus atos. Certamente não compartilhamos as mesmas ideias extremistas. Esperamos que não se faça uma vinculação entre esses atos odiosos e a religião muçulmana", assinalou a mãe de Coulibaly no comunicado. "Desejamos que todos os cidadãos se sintam unidos e solidários como nós nos sentimos com as famílias das vítimas", ressaltaram.

A mãe e a irmã de Coulibaly também expressaram solidariedade com a família das 12 vítimas do massacre da revista satírica "Charlie Hebdo", na quarta-feira, o primeiro desta onda inédita de atentados na França. Tanto Coulibaly como os irmãos Saïd e Chérif Kouachi, autores do massacre de "Charlie Hebdo", foram mortos na sexta-feira pelas forças especiais francesas em duas operações simultâneas, em Paris e em Dammartin-en-Goële , no norte da França, respectivamente.

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