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O foguete Falcon 9, da empresa Space Exploration Technologies no momento de decolagem, na Base Aérea do Cabo Canaveral, EUA | Reuters
O foguete Falcon 9, da empresa Space Exploration Technologies no momento de decolagem, na Base Aérea do Cabo Canaveral, EUA| Foto: Reuters

Uma empresa privada colocou uma nave espacial em órbita na quarta-feira, num teste para os veículos que devem substituir os ônibus espaciais da Nasa a partir de 2011.

A agência espacial norte-americana apoiou a missão. A nave inicialmente deverá transportar cargas, mas no futuro poderá levar também tripulantes para a Estação Espacial Internacional.

O foguete Falcon 9, da empresa Space Exploration Technologies, decolou às 10h43 (13h43 em Brasília) na Base Aérea do Cabo Canaveral, levando a bordo a primeira cápsula Dragon, da mesma companhia.

Outros dois voos-teste estão planejados, mas se a missão de quarta-feira for bem sucedida a empresa pode combinar as duas missões em uma só, atracando pela primeira vez na Estação Espacial já em meados do ano que vem.

A SpaceX, de propriedade do empreendedor da Internet Elon Musk, é uma das duas firmas que detêm os contratos da Nasa, num valor total de 3,5 bilhões de dólares, para levar cargas à Estação Espacial após a aposentadoria dos ônibus, depois de mais duas ou três missões.

Além disso, a Nasa também destinou 500 milhões de dólares para que a SpaceX e a Orbital Sciences Corp. desenvolvam e testem foguetes e cápsulas espaciais.

A Orbital pretende inaugurar o seu foguete Taurus 4 no ano que vem.

Durante o teste de quarta-feira, a cápsula Dragon deve realizar uma série de manobras que simulam a aproximação e atracação na Estação Espacial Internacional.

Após realizar duas órbitas em três horas, a cápsula deve disparar seus propulsores para deixar a órbita e voltar à atmosfera, submetendo seu escudo antitérmico a situações que não podem ser simuladas na Terra.

Se sobreviver, a cápsula deve acionar seus paraquedas e cair no Pacífico, a cerca de 800 quilômetros da costa do México. A empresa alugou um navio da Nasa para recuperar a cápsula.

Funcionários da SpaceX e da Nasa disseram que não é importante que o teste seja impecável. "Se a história serve de guia, sem dúvida haverá algumas anomalias durante este programa de testes. É para isso que é feito o programa de testes, para aprendermos", disse a jornalistas Phil McAlister, diretor-interino de Desenvolvimento de Voos Espaciais Comerciais da Nasa.

O objetivo da Nasa ao estimular os voos espaciais privados é reduzir seus próprios custos, estimular novos setores industriais e abrir mais opções de abastecimento para a Estação Espacial, um projeto de 16 países e 100 bilhões de dólares, que está perto de ser concluído, 355 quilômetros acima da Terra.

A ideia é que a Nasa passe de prestadora a consumidora de serviços, segundo Alan Lindenmoyer, gerente do Programa Comercial de Cargas e Tripulantes no Centro Espacial Johnson, em Houston.

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