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O empresário venezuelano Guido Alejandro Antonini Wilson - portador da mala com US$ 790 mil retida pela Polícia Federal argentina em Buenos Aires no início do mês, três dias antes da visita do presidente da Venezuela, Hugo Chávez - teria estado com o líder bolivariano, em Caracas, na véspera de sua viagem a Buenos Aires.

Segundo o programa argentino "Tres Poderes", do canal de TV América, na madrugada do dia 4 de agosto, enquanto os agentes da Polícia Federal contavam o dinheiro encontrado na mala de Wilson, o empresário venezuelano disse ter estado com Chávez na véspera. De acordo com o programa de TV argentino, a informação está no expediente judicial em mãos da promotora federal Maria Luz Rivas Diez, encarregada do caso.

Os agentes da Polícia Federal argentina demoraram seis dias para contar o dinheiro da mala de Wilson. Em algum momento da contagem, disseram os jornalistas que apresentam o programa de TV, o empresário falou sobre seu encontro com Chávez e disse, ainda, que no mesmo dia recebeu a ordem de viajar à Argentina, ficando sem tempo sequer para arrumar uma mala com roupa.

Na capital venezuelana, o presidente Chávez continua tentando desvincular seu governo do chamado maletinazo. Domingo passado, o presidente disse que se trata de um caso policial,portanto, nem ele nem as autoridades argentinas devem dar explicações sobre o que aconteceu. Apesar de Wilson ter viajado com autoridades da estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA), Chávez insiste em negar qualquer vínculo de seu governo com o empresário. O presidente voltou a acusar os Estados Unidos de estarem por trás do escândalo da mala.

"Estão tentando prejudicar nosso relacionamento (da Venezuela com a Argentina) e isso é o império e os lacaios argentinos e daqui", afirmou Chávez, durante seu programa "Alô Presidente".

Na segunda-feira, Chávez se ofereceu para agir como intermediário entre os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia (Farc) e o governo do presidente Alvaro Uribe. O anúncio foi feito depois que vítimas da guerrilha foram a Caracas pedir a ajuda do presidente nas negociações para a libertação de reféns.

Chávez também anunciou a compra de mais cinco mil rifles russos para, segundo ele, fortalecer o país contra uma possível invasão americana. Na ocasião, ele afirmou: 'Gringo que se meter por aqui, 'pum'!'. "Não é para uso convencional e sim para uma guerrilha em caso de invasão", disse.

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