
Ao menos 12 soldados ucranianos morreram em um dia em combate com as milícias pró-Rússia no leste do país, de acordo com informações divulgadas pelo comando militar da Ucrânia. Entre os combatentes pró-Rússia, o governo ucraniano informou que 70 rebeldes morreram e que foram destruídos tanques, veículos blindados e peças de artilharia.
O presidente ucraniano Petro Poroshenko havia afirmado no sábado, na Conferência de Segurança de Munique, que quase 1.500 soldados das tropas ucranianas foram mortos desde abril do ano passado.
As mortes aconteceram enquanto líderes do Ocidente negociam com Ucrânia e Rússia um plano de paz que dê fim ao conflito.
O Conselho de Segurança Nacional e Defesa ucraniano informa que 360 pessoas foram retiradas das localidades divisórias a Debaltsevo, Avdeyevka e Chernujino para a região vizinha de Lugansk. Os rebeldes acusaram o governo de Kiev de boicotar a transferência de civis rumo à zona separatista. Porém, a Organização sobre a Segurança e a Cooperação na Europa disse que apenas 40 pessoas optaram voluntariamente em entrar no ônibus que partia para Donetsk, principal reduto pró-Rússia.
Reunião
Líderes da Rússia, Ucrânia, Alemanha e França concordaram em se reunir na Bielo-Rússia na quarta-feira para tentar mediar um acordo de paz para a Ucrânia em meio a sinais de fissuras no consenso transatlântico sobre como confrontar Vladimir Putin.
Os quatro líderes conversaram no domingo, dois dias depois de a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, terem viajado a Moscou para conversações com Putin que não produziram nenhum avanço no conflito que dura quase um ano e já custou mais de 5 mil vidas.
Após a conversa, o presidente da Ucrânia disse que houve progresso e estava esperançoso de que a reunião em Minsk levará a um "cessar-fogo incondicional e rápido" no leste da Ucrânia, onde separatistas pró-Rússia intensificaram uma ofensiva militar nas últimas semanas, ocupando novo território.



