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María Corina e Corina Yoris (à direita), durante coletiva de imprensa na sexta-feira (22)
María Corina e Corina Yoris (à direita), durante coletiva de imprensa na sexta-feira (22)| Foto: Reprodução/EFE

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, deu um novo passo em direção à permanência no poder ao oficializar sua candidatura perante o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), em eleições marcadas pelo bloqueio da principal base opositora ao seu regime, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), que inicialmente teve María Corina Machado como candidata, mas, devido à sua inabilitação, apresentou Coria Yoris, também barrada de se inscrever.

A principal coligação denunciou no encerramento do período de nomeação para as eleições de julho, à meia-noite desta segunda-feira (25), que a autoridade eleitoral impediu o registo de candidatura ao negar-lhe o acesso ao seu sistema.

“Informamos à opinião pública nacional e ao mundo que temos trabalhado o dia todo, reunidos em sessão permanente, para tentar exercer o nosso direito constitucional de nomear o nosso candidato e não tem sido possível . Eles não nos permitiram acessar o sistema de aplicativos. Queremos deixar registrado esse ultraje histórico”, disse o secretário-geral da PUD, Omar Barboza, em vídeo divulgado pela base opositora.

A coligação solicitou ao CNE uma justificativa para o bloqueio e a extensão do prazo por mais três dias, a fim de "remediar as violações de fato e de direito ocorridas no processo", no entanto o órgão eleitoral não se pronunciou sobre os motivos do impedimento, nem comentou o pedido da PUD de prorrogação do período de registro.

A professora universitária Corina Yoris, indicada para substituir Machado nas urnas após sua inabilitação de 15 anos para exercer cargos públicos, nunca trabalhou no setor público e seu nome não possuía nenhuma objeção na base de dados da autoridade eleitoral da Venezuela.

Nos meses que antecederam a corrida eleitoral no país, o ditador Maduro intensificou a perseguição contra seus opositores, realizando prisões em massa por supostas "conspirações" contra ele.

Segundo o líder chavista, a oposição mais ampla ao seu regime é uma "peça no jogo" dos Estados Unidos para "se apoderar" do país sul-americano, conforme afirmou nesta segunda. O sucessor de Hugo Chávez concorrerá a um terceiro mandato no cargo, que ocupa desde 2013, após a morte do antigo ditador.

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