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Soldados americanos distribuem comida em terra: envio aéreo pode criar conflitos | Jorge Silva/Reuters
Soldados americanos distribuem comida em terra: envio aéreo pode criar conflitos| Foto: Jorge Silva/Reuters

Uma semana depois do terremoto que deixou ao menos 2 milhões de pessoas em situação de emergência no Haiti, a Missão das Nações Unidas para a Esta­­bilização do Haiti (Minustah) ainda não consegue controlar a distribuição de ajuda às vítimas, pulverizadas em iniciativas unilaterais de ONGs e de países co­­mo Brasil e EUA, ambos criticados pela coordenadora de ajuda humanitária da ONU no país, Kim Bolduc.

No caso brasileiro, a distribuição de alimentos e água está sendo feita sem nenhuma consulta ao Programa Alimentar Mundial (PAM), encarregado de planejar a logística da ajuda internacional. As doações estão sendo armazenadas na base militar do país e são redistribuídas a instituições ou em locais selecionados na região sob responsabilidade brasileira.

Um dos principais problemas é o peso das caixas distribuídas pelos brasileiros, que trazem sardinha em lata, açúcar e leite em pó, entre outros produtos. Muitas vezes, as mulheres, às vezes com filhos no colo, não têm força pa­­ra carregar e dependem da disponibilidade de um soldado.

A distribuição americana, em escala bem maior, vem sendo feita principalmente por via aérea. Aviões têm lançado kits de alimentos e comida com paraquedas, enquanto helicópteros jogam comida em voos rasantes sobre campos abertos.

A coordenadora humanitária da ONU para o Haiti, a canadense Kim Bolduc, pediu formalmente a todos os doadores que informem sobre seus locais de distribuição e exigiu que os EUA deixem de fazer distribuição aérea para evitar tumulto e violência. "Nós exigimos dos EUA que não continuem essa prática devido à possibilidade de perder o controle da multidão e de criar problemas de segurança."

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