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O governo do Equador disse nesta segunda-feira (31 de março) que vai se reunir nesta semana com empresas de telefonia móvel que operam no país para pressionar pelo bloqueio de sinal de celular em presídios locais. A medida visa combater o uso de celulares por detentos, que, segundo denúncias, têm se comunicado livremente com o mundo externo, inclusive ordenando crimes e realizando transmissões ao vivo de dentro das cadeias.
O anúncio foi feito pelo ministro do Interior, John Reimberg, que confirmou que o encontro acontecerá na próxima quarta-feira (2).
“Vamos chegar a um acordo para que se acabe a sinal em centros penitenciários”, declarou o ministro, após uma entrevista coletiva realizada na cidade de Guayaquil. Ele ressaltou que a segurança das penitenciárias é uma prioridade para o país. “Os presídios e a segurança dos presídios são importantes e isso é algo que todos os equatorianos têm que entender, incluídas as diferentes operadoras telefônicas”, afirmou.
Segundo Reimberg, o problema do sinal de celular dentro das prisões vem sendo ignorado há anos.
“A segurança dos equatorianos está em primeiro lugar e vamos fazer tudo o que esteja em nossas mãos para que isso se cumpra. Este tema do sinal de telefone já é um problema de muitos anos e não se fez nada a respeito. Agora vamos fazer”, garantiu.
A Polícia aponta que criminosos encarcerados utilizam celulares para ordenar assassinatos, extorquir cidadãos e manter controle sobre suas organizações fora das grades. Além disso, durante rebeliões e massacres, presos já chegaram a transmitir vídeos ao vivo pelas redes sociais.
Em nota, a Associação de Empresas de Telecomunicações (Asetel) declarou que o corte total do sinal nas áreas onde estão localizados os presídios traria impactos colaterais à população e à economia local.
“Não é factível apagar os sinais das redes de telecomunicações nos setores em que há centros carcerários sem que essa medida afete a comunidade e suas atividades produtivas”, justificou a associação.







