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Posto em Buenos Aires: Javier Milei e Patricia Bullrich criticaram o candidato peronista e ministro da Economia, Sergio Massa, devido à falta de combustíveis na Argentina
Posto em Buenos Aires: Javier Milei e Patricia Bullrich criticaram o candidato peronista e ministro da Economia, Sergio Massa, devido à falta de combustíveis na Argentina| Foto: EFE/David Fernández

Grandes filas se formaram em postos de combustíveis no fim de semana na Argentina e continuam nesta segunda-feira (30), e a escassez se tornou uma das grandes pautas da campanha do segundo turno da eleição presidencial, que será realizado em 19 de novembro e tem como candidatos o atual ministro da Economia, Sergio Massa, e o libertário Javier Milei.

Na rede social X, o adversário do candidato governista criticou o desabastecimento. “A escassez e a inflação são consequências diretas do modelo da casta [política] que defende este governo de delinquentes encabeçado pelo ministro Massa”, escreveu Milei.

Patricia Bullrich, candidata de centro-direita que foi a terceira colocada no primeiro turno e que anunciou apoio a Milei no segundo, publicou fotos de filas em postos no X e culpou Massa “pelo declínio argentino”.

“Hoje saí para caminhar e encontrei essa realidade. Filas intermináveis ​​de carros e motos nos postos. Isso faz parte do que nos espera com as manobras de Massa”, afirmou Bullrich. “Chega de ameaças e pressões. Não vamos deixar que isso impeça a mudança definitiva que nós, argentinos, queremos.”

Na sexta-feira (27), o governo argentino realizou uma reunião com representantes das principais empresas do setor para tentar aumentar a oferta de gasolina e diesel.

No encontro com a secretária de Energia, Flavia Royón, foram acertados dois pontos principais: as empresas concordaram em importar dez navios de combustíveis e que as paradas técnicas nas refinarias, que reduziram o fornecimento, seriam encerradas.

O governo argentino anunciou que viabilizaria US$ 400 milhões das escassas reservas líquidas do Banco Central para que essas ações ocorressem.

Dois dos dez navios anunciados chegaram no sábado (28) para aliviar a escassez de combustíveis, de acordo com a Secretaria de Energia, que faz parte do Ministério da Economia.

De acordo com a Confederação de Entidades do Comércio de Hidrocarbonetos e Afins da República Argentina (Cecha), nesse momento “a fase logística da distribuição correspondente começou, de modo que se espera que a situação tenda a se resolver progressivamente nos próximos dias”.

“Se o fornecimento não for resolvido até terça-feira (31) à meia-noite, elas [empresas] não poderão retirar um único navio de exportação a partir de quarta-feira (1º). O petróleo vem em primeiro lugar para os argentinos”, declarou Massa, ao dar um ultimato às empresas.

A Secretaria de Energia da Argentina informou que houve aumentos de até 15% da demanda este mês na comparação com o ano passado, por fatores como o fim de semana prolongado entre os dias 13 e 16 (em razão de feriados nessas datas), recuperação da produção agrícola e a corrida a postos antes do primeiro turno, realizado no dia 22.

A forte procura para abastecer antes das eleições ocorreu devido à preocupação com um possível aumento dos preços (que realmente acabou acontecendo) ou uma nova desvalorização do peso argentino.

Em agosto, após Milei ser o mais votado nas primárias, o governo peronista desvalorizou a moeda argentina frente ao dólar em 22%.

Também em agosto, Massa anunciou um congelamento dos preços dos combustíveis até 31 de outubro. Entretanto, antes desse prazo, na segunda-feira passada (23), a estatal YPF aumentou os preços em 3% e suas concorrentes privadas também promoveram reajustes. (Com Agência EFE)

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