Gasolina de graça

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Carro na Venezuela só se for, no mínimo, motor 3.0 ou melhor. O popular brasileiro 1.0, nem sonhar. Também, pudera: no país, com um dólar (dois reais), se enche o tanque de uma caminhoneta SUV. Ninguém precisa se conter ao acelerar forte. Mas o preço baixo se resume à gasolina. Comida, produtos eletrônicos, roupas, tudo é muito caro. Bem, o preço do metrô é de dar invejar: três bolívares para ida e volta, com direito a ar condicionado. Sai cerca de R$ 0,70 cada viagem, quase um quarto do valor da passagem de ônibus em Curitiba.

Jesus cambió

A chamada revolução bolivariana pode estar no mesmo rumo, mas o Jesus dos revolucionários mudou. E como. Quando estive em Caracas há dois anos, o Cristo da comuna La Pedrita – um bairro comandado por jovens inspirados em Che Guevara – empunhava um fuzil de guerra (foto no topo). Hoje, no entanto, ele é outro (acima). O quadro que fez fama mundo afora, agora traz um Jesus constitucionalista. Melhor: um Cristo defensor da Constituição da República Bolivariana da Venezuela. "É para não falarem mais que nós somos violentos. Somos da paz", diz Enrique Ortega, jovem do bairro. Se a moda pega, a revolução de Chávez terá outra face em pouco tempo.

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A marca PDVSA

Desde que Chávez chegou ao poder, a poderosa estatal Petróleo da Venezuela (PDVSA) tem atuado nas mais diversas áreas como um "braço social e cultural" do governo. Para atuar em campos tão diversos, como música, esporte e lazer, a empresa criou a PDVSA La Estancia. O propósito, segundo a estatal, é contribuir com a qualidade de vida da população. Por toda a Caracas se vê as marcas da petroleira. Há quem critique e acuse o governo de usar a estatal para fazer política. Mas as classes populares aprovam.

Fast food

O tal "socialismo do século 21" do presidente Hugo Chávez parece não assustar nem um pouco as multinacionais do setor de alimentação. McDonald's, Subway, KFC e outras estão por toda parte. Diferentemente do Brasil, uma das redes mais populares no país é a KFC. O mais famoso restaurante de frango do mundo, que tem sede em Louisville, Kentucky (EUA), conquistou o gosto dos venezuelanos. "Pollo" é o que não falta por aqui.