Personalismo e história

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Livros de história na Venezuela estão vendendo como nunca e os filmes sobre o passado do país lotam as salas de cinema. O sucesso atual de Caracas é Tiempos de Ditadura, que tem como cenário a década do governo do general Marcos Pérez Jiménez (1948-1958). O livro La Criolla Principal, da historiadora Inés Quintero, virou um best-seller. A obra narra a biografia de María Antonia Bolívar, irmã de Simón Bolívar, o herói das guerras de independência da América Espanhola. Aliás, Bolívar (foto) é o único que rivaliza com Chávez em termos de personalismo. Seu retrato está por toda parte; em muitos lugares ao lado da foto de Chávez, é claro. Reportagem do jornal espanhol El País destaca a manipulação da figura do libertador pelo governo.

SaúdeFaltam médicos

O déficit de médicos nos hospitais venezuelanos chega a 50%. Emigdio Balda, decano da Faculdade de Medicina da Universidade Central da Venezuela (UCV), diz que o problema é que muitos novos médicos, depois que conseguem uma pós-graduação, deixam o país. O governo criou um programa chamado Medicina Integral Comunitária, destinado à formação de 30 mil médicos comunitários. O programa é altamente criticado pelas faculdades de medicina tradicionais. Professores da UCV afirmam que foi oferecida aos jovens uma carreira de medicina improvisada, inicialmente sem programas completos e sem docentes qualificados.

As estrelas do esporte

O governo Chávez se articula bem quando se trata de propaganda. As estrelas de uma campanha publicitária destinada a educar os usuários do metrô de Caracas são alguns dos principais atletas do país. A esgrimista Alejandra Benítez (foto), espécie de garota propaganda do chavismo, está em todas as estações. Outro que brilha é o jogador de beisebol Magglio Ordóñez. O cara é tão popular na Venezuela quanto os craques de futebol são no Brasil. Tudo porque o beisebol é uma paixão venezuelana