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A polêmica envolvendo o intérprete que usou sinais de linguagem falsos na cerimônia oficial em homenagem a Nelson Mandela ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira. Um dia após Thamsanqa Jantjie revelar que sofreu um episódio esquizofrênico durante o evento, o que o teria levado a cometer o erro, o canal de televisão local eNCA informou que o intérprete já foi acusado de assassinato, estupro, roubo e sequestro.

De acordo com a emissora, Jantjie foi denunciado por estupro em 1994, roubo, assaltos em domicílio e danos à propriedade em 1995, 1997 e 1998 e assassinato, tentativa de assassinato e sequestro em 2003. De acordo com a TV, a maioria das acusações foi retirada por ele ter sido considerado mentalmente incapaz de enfrentar o julgamento. Jantjie só foi condenado por roubo em 1995, mas não ficou claro se chegou a ser preso.

O intérprete, de 34 anos, alegou na quinta-feira ter ouvido vozes e ter tido alucinações durante as traduções dos discursos dos chefes de Estado na cerimônia de terça-feira, no estádio Soccer City, em Johannesburgo. Ele contou que foi contratado pela empresa SA Intérpretes. No palco, ele esteve ao lado de familiares do ex-presidente morto e de líderes como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Após a cerimônia, a comunidade surda denunciou a farsa e classificou o incidente de vergonhoso. Jantjie foi contratado pelo partido governista Congresso Nacional Africano (CNA) e já tinha trabalhado para a legenda em outros dois grandes eventos no ano passado, nos quais aparece em imagens ao lado do presidente Jacob Zuma.

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