
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lamentou ontem em pronunciamento na Casa Branca a morte do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela.
Líder do fim do Apartheid e figura adorada pelos sul-africanos, Nelson Mandela morreu aos 95 anos em sua casa em Johannesburgo.
"Nelson Mandela lutou por um ideal e morreu por um ideal. Hoje ele vai para casa. Ele não nos pertence mais, pertence à Historia", disse Obama.
Em discurso breve, na Casa Branca, o presidente americano ainda elogiou a trajetória de Mandela e se disse inspirado por ele.
"Madiba transformou a África do Sul e emocionou todos nós [...] Eu sou um dos milhões que se inspiraram em Mandela. A primeira coisa que fiz na política foi um protesto contra o Apartheid."
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, qualificou o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela como um "herói de nosso tempo" e ordenou que a bandeira da residência oficial do chefe do governo britânico fique a meio mastro.
Provação
Líder negro passou 27 anos preso e incomunicável
Mandela foi preso em 5 de agosto de 1962 e condenado à prisão perpétua por sabotagem contra o governo, em 12 de junho de 1964. Quando foi preso, em 1962, Mandela estava casado pela segunda vez com a militante Winnie Madikizela, que conheceu nas reuniões do Conselho Nacional Africano (CNA), em 1956, quando ainda vivia com Evelyn Ntoko Mase. Casaram-se em 1958 e tiveram duas filhas. Incomunicável durante 27 anos, Mandela deve a Winnie o início do movimento de luta por sua libertação. Não assistiu ao processo de mitificação de seu nome. Winnie sofreu inúmeras represálias. Foi presa e ameaçada, além de processada por envolvimento em atos radicais. No final da década de 80, Mandela era o preso político mais famoso do mundo.



