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Biden e Netanyahu em encontro em Tel Aviv, em outubro do ano passado, após os ataques do Hamas
Biden e Netanyahu em encontro em Tel Aviv, em outubro do ano passado, após os ataques do Hamas| Foto: EFE/Miriam Alster

O presidente americano, Joe Biden, tem expressado em conversas privadas cada vez mais insatisfação com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e inclusive utilizado termos ofensivos para se referir ao chefe de governo do país aliado, revelou uma reportagem do site da emissora NBC News esta semana.

Em público, Biden vem manifestando discordância com a ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, em resposta aos ataques do grupo terrorista Hamas em outubro que mataram 1,2 mil pessoas. Na semana passada, ele chamou a ação de “exagerada”.

Agora, a polêmica recai sobre o anúncio de que Israel prepara uma incursão terrestre em Rafah, cidade no extremo sul de Gaza onde estão cerca de 1 milhão de pessoas, muitas deslocadas de outras regiões do enclave palestino após o início da operação israelense.

Cinco fontes disseram à NBC News que Biden tem reclamado fortemente de Netanyahu, a quem acusou de “infernizá-lo”, e afirmou que é “impossível” lidar com o premiê israelense, devido a sua recusa de chegar a um acordo de cessar-fogo.

“Ele [Biden] sente que [a ação militar] já foi o suficiente”, disse uma dessas fontes. “Tem que parar.”

As mesmas fontes afirmaram que Biden tem se referido a Netanyahu em privado com termos desdenhosos, como “esse cara”, ou abertamente ofensivos, como “asshole” (“bundão” ou “idiota”).

No fim de semana, segundo a Casa Branca, Biden pediu a Netanyahu numa conversa por telefone um plano “crível e executável” para proteger a população civil de Rafah caso haja uma incursão terrestre.

Oficialmente, a Casa Branca não admite que o presidente americano utilize termos ofensivos contra o premiê, mesmo em privado.

“O presidente deixou claro os pontos nos quais discorda do primeiro-ministro Netanyahu, mas esta é uma relação de décadas que é respeitosa em público e em privado”, afirmou um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional à NBC News.

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