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América Latina

Eleição em Essequibo avança com pouca participação e denúncias da oposição

Local de votação em Maracaibo, na Venezuela (Foto: EFE/ Henry Chirinos)

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A eleição das primeiras autoridades venezuelanas no Essequibo, um território de quase 160 mil quilômetros quadrados disputado por Guiana e Venezuela, tem progredido com um baixo comparecimento de eleitores neste domingo e com candidatos da oposição denunciando abusos e violações da lei eleitoral.

Na paróquia de Dalla Costa, localizada no município de Sifontes, no estado de Bolívar (sul, fronteira com o Brasil) - uma das duas cidades designadas pelo Poder Eleitoral para votar nos 16 cargos do Essequibo - não foram registrados mais de 100 eleitores por centro até as 10h locais (11h em Brasília), de acordo com os cálculos dos representantes dos partidos políticos que monitoram a eleição.

Muitos atribuem o baixo comparecimento ao hábito das pessoas dessa parte do país de votar à tarde, de modo que esperam que mais eleitores compareçam no final do dia.

Leida González, candidata a deputada para o Essequibo pelo governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), comentou que a eleição transcorreu sem problemas e que espera que mais pessoas participem, pois está convencida de que "a Guiana Essequiba é um sentimento nacional".

"O processo é muito fácil, eles vêm participar, escolhem o cartão de sua preferência, clicam no botão seguinte e depois clicam em aceitar, e então há dualidade de votos", explicou ela à Agência EFE, referindo-se ao fato de que os 21.403 eleitores aptos a votar em Dalla Costa e San Isidro devem escolher candidatos do Essequibo e também de Bolívar, aos quais essas áreas naturalmente pertencem.

Por sua vez, o candidato da oposição a governador do Essequibo, Alexis Duarte, denunciou, após exercer seu direito de voto, que foram tomadas medidas para afetar sua candidatura e que o partido governista está usando recursos do Estado para mobilizar eleitores.

"Trouxeram um acampamento, um comando militar para votar em fila, naturalmente obedecem a uma ordem militar, vêm para votar pelo almirante, vêm em ônibus do Estado da Venezuela", advertiu o candidato pelo cartão do partido Um Novo Tempo (UNT).

Por sua vez, William Flores, também candidato oposicionista ao Conselho Legislativo de Guiana Essequiba pelos partidos UNT e União e Mudança, criticou o fato de a cidade de Tumeremo, escolhida pelo Estado venezuelano como a "capital administrativa" de Guiana Essequiba, não estar credenciada para votar nas autoridades dessa nova entidade federal.

"Não há justificativa para o fato de que em Tumeremo, sendo a capital administrativa da Guiana Essequiba, seus habitantes não possam escolher seu governador. É completamente incongruente e é muito surpreendente que o Conselho Nacional Eleitoral tenha tomado essa decisão", analisou.

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