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Centro comercial em Krasnogorsk, um subúrbio de Moscou, onde ocorreu o ataque nesta sexta-feira (22)
Centro comercial em Krasnogorsk, um subúrbio de Moscou, onde ocorreu o ataque nesta sexta-feira (22)| Foto: Reprodução/Redes Sociais

Ataques do Estado Islâmico (EI) em solo russo, como o que deixou mais de uma centena de mortos na última sexta-feira (22), não são novidade. O grupo jihadista já reivindica a responsabilidade por atos terroristas na Rússia desde 2015, alguns sem vítimas e outros com vários mortos, como o que ocorreu nos Urais em 2017, quando a explosão de um edifício residencial tirou a vida de 39 pessoas.

De acordo com números compilados pela Agência EFE a partir de bases de dados como a do Departamento de Estado dos Estados Unidos, o EI reivindicou ou foi responsável por, pelo menos, 15 ataques em solo russo entre 2015 e 2019, último ano em que havia sido registrada uma ação do grupo antes do atentado dessa sexta-feira, na região de Moscou.

O ataque à casa de espetáculos Crocus City Hall é o mais mortífero desde então, mas as ações do EI na Rússia já causaram morte de policiais, massacre de fiéis em uma igreja, explosão em supermercado, tiroteios e esfaqueamento de transeuntes.

2015

No dia 19 de dezembro foi registrado o primeiro ataque reivindicado pelo EI em solo russo. Nessa data, um homem disparou contra 11 turistas e matou um deles quando visitavam a cidade de Naryn-Kala, em Derbent, na República do Daguestão.

2016

Em 17 de agosto, dois homens atacaram um policial com armas e machados em um posto de controle de trânsito no subúrbio de Balashija, em Moscou, e foram abatidos pelos agentes. O ataque foi reivindicado pelo EI.

No dia 23 de outubro, dois homens disparam contra um policial que estava inspecionando seu carro em Nizhny Novgorod, que disparou de volta e matou os dois agressores. O EI reivindicou a autoria do ataque, afirmando que se tratava de dois "soldados do Estado Islâmico".

Já em 17 de dezembro, dois supostos militantes do EI esfaquearam um policial em Grozny, na Chechênia, e utilizaram sua arma e um carro roubado para matar três policiais. Embora o EI não tenha reivindicado a responsabilidade pela ação, o Departamento de Estado dos EUA afirma que os suspeitos foram recrutados por um comandante do Estado Islâmico na Síria e que foram divulgados vídeos em que prometiam fidelidade ao grupo.

2017

No dia 24 de março, um grupo de supostos afiliados do EI atacou o posto da Guarda Nacional Russa em Grozny, resultando na morte de seis soldados e seis agressores. O EI não reivindicou a responsabilidade, mas os EUA atribuíram o ataque ao grupo.

Em 4 de abril, dois policiais russos foram mortos em um tiroteio na cidade de Astrakhan, no sul do país, em ação posteriormente reivindicada pelo EI.

O dia 19 de agosto também tem registro de ataque reivindicado pelo EI . Na cidade siberiana de Surgut, um jovem de 19 anos caminhava pelas ruas com uma faca e feriu sete pessoas antes de ser abatido pela polícia. A ação ocorreu no dia seguinte a atentados semelhantes na Finlândia e Alemanha, onde várias pessoas também foram esfaqueadas.

Já no dia 27 de dezembro, uma explosão em supermercado da cadeia Perekriostok, em São Petersburgo, feriu cerca de 20 pessoas. A bomba não causou danos graves no edifício. O EI reivindicou a autoria do atentado.

2018

Em 8 de fevereiro, um homem armado disparou indiscriminadamente do lado de fora de uma igreja na cidade de Kizliar contra uma multidão que comemorava a Masletnisa da Rússia, feriado semelhante ao Carnaval. Cinco pessoas morrem e cinco ficam feridas. O atentado foi reivindicado no mesmo dia pelo EI.

Depois disso, em meados de maio, o EI reivindicou três atentados, um em Neftekamsk, um em Nizhny Novgorod e um no Daguestão. Eles alegam ter atacado a polícia e um santuário sufi, mas não há registro de mortes.

Já em 31 de dezembro, uma explosão em edifício residencial na cidade russa de Magnitogorsk, nos Urais, matou 39 pessoas. Inicialmente, acreditava-se que o edifício tivesse caído devido a uma explosão de gás, mas o EI reivindicou a responsabilidade, dizendo que tinha matado 39 "cruzados" russos.

2019

No dia 8 de abril ocorreu uma explosão em Kolomna, perto de Moscou, posteriormente reivindicada pelo EI. Não há registro de vítimas.

Em 1º de julho, um policial foi morto com uma faca em um posto de controle no distrito checheno de Achkhoy-Martonovsky. O polícia matou o agressor, e o EI reivindicou a responsabilidade pelo ataque.

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