Bagdá Mais um helicóptero das Forças Armadas americanas caiu ontem, a 30 quilômetros de Bagdá, na província de Anbar, matando todos os sete tripulantes. É o quinto helicóptero que os EUA perdem no Iraque em apenas 18 dias. Um militar americano informou, sob anonimato, que há suspeitas de que houve um problema mecânico. Um general do Iraque, entretanto, contestou a informação, afirmando que a aeronave foi abatida por um míssil antiaéreo.
Testemunhas também afirmaram que ele foi derrubado. "O helicóptero passava perto daqui quando ouvi o lançamento de um míssil. Ele então voou em círculos e caiu", contou o fazendeiro Mohammada al-Janabi, que mora a 800 metros do local da queda.
Um grupo sunita ligado à Al Qaeda assumiu a autoria do suposto atentado. "A derrubada do helicóptero dos cruzados foi cumprida com sucesso. Com essas ações, Deus está nos concedendo a vitória", dizia um comunicado em um site e assinado pelo Estado Islâmico no Iraque.
A Força Aérea americana informou que o helicóptero um Sea Knight estava sendo utilizado por marines para "operações do rotina" na região, que é predominantemente sunita e foco de ataques insurgentes a tropas dos EUA. O Exército já havia reconhecido que os quatro outros helicópteros foram abatidos, o que colocou em xeque as atuais táticas aéreas dos EUA. Um general americano já havia declarado que seria preciso repensar os procedimentos militares diante do novo poder de fogo dos insurgentes. Nos últimos meses, eles vêm utilizando armamentos sofisticados, como granadas propelidas por foguete e mísseis antiaéreos.
Novo plano
Em Bagdá, o general William Caldwell, porta-voz do Exército dos EUA, confirmou que o novo plano de segurança para a capital está em vigor. "Partes do plano já estão sendo colocadas em prática. Iremos implantar mais medidas conforme a chegada de novas tropas", afirmou Caldwell. O governo americano irá enviar mais 21.500 soldados 17.500 só para a capital.
Na Itália, um juiz ordenou que o soldado americano Mario Lozano compareça a um julgamento no país. Ele é acusado de matar o militar italiano Nicola Calipari em 2005, em Bagdá.
