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A estreia do presidente norte-americano, Barack Obama, nas Nações Unidas e a participação do líder da Líbia e do presidente iraniano prometem agitar a Assembleia Geral da ONU deste mês, um encontro global anual marcado mais por palavras do que por ações.

Ao contrário do seu predecessor, George W.Bush, Obama fez voto de trabalhar de maneira mais conjunta com a Organização das Nações Unidas e planeja passar todos ou parte dos três dias da Assembleia em Nova York, fazendo dois discursos e presidindo um encontro do Conselho de Segurança.

Há uma grande especulação de que ele poderia anunciar uma nova iniciativa de paz para o Oriente Médio e ser o anfitrião de um encontro entre o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, ambos esperados em Nova York.

As partes continuam a discutir as pré-condições para tal encontro, especialmente se Israel irá parar com a construção dos assentamentos judaicos.

Mas um diplomata ocidental senior afirmou haver esperanças para "alguns claros passos adiante no processo de paz no Oriente Médio" durante a Assembleia.

Obama também irá discursar em uma conferência sobre a mudança climática, sinalizando a preocupação da sua administração em relação ao assunto, e se tornará o primeiro presidente dos EUA a presidir um encontro do Conselho de Segurança. O tema deste encontro será a não-proliferação nuclear.

Mas as negociações de paz no Oriente Médio deverão competir com as ásperas retóricas do líder da Líbia, Muammar Kaddafi, e do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad - e com o clamor dos manifestantes que sustentam que os dois não deveriam, de maneira alguma, estar em Nova York.

Kaddafi e Ahmadinejad conseguiram encaixar seus discursos em um dia chave, a abertura da Assembleia - quarta-feira, 23 de setembro - quando Obama e os presidente da França, da Rússia e da China e o primeiro-ministro da Grã-Bretanha também discursarão.

O presidente russo, Dmitry Medvedev, e o presidente chinês, Hu Jintao, também irão falar na Assembleia pela primeira-vez.

Ahmadinejad e Kaddafi são controversos em qualquer época, mas especialmente agora: o iraniano devido à contestada eleição que o levou ao poder novamente em junho, e o líbio pelo novo rumo na saga do caso da bomba em Lockerbie.

O líbio Abdel Basset al-Megrahi, que estava preso na Escócia por sua participação na explosão de um avião em 1988 sobre a cidade de Lockerbie que matou 270 pessoas, muitos norte-americano, foi mandado de volta para casa no mês passado devido a um câncer terminal.

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