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A primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, saindo do Palácio do Eliseu, nesta terça-feira (31), após reunião semanal de gabinete em Paris
A primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, saindo do Palácio do Eliseu, nesta terça-feira (31), após reunião semanal de gabinete em Paris| Foto: EFE/EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON

O Ministério Público da França afirmou nesta terça-feira (31) que abriu um processo para investigar atos de vandalismo em fachadas de prédios em Paris, após "surgirem" estrelas de Davi desenhadas nos edifícios.

A marca, que possui significado para o judaísmo, foi usada por Adolf Hitler durante o nazismo para intimidar e perseguir os judeus, identificando suas residências e comércios com o símbolo.

A procuradoria francesa disse à agência AFP que o caso seguirá sob apuração na delegacia do 14º distrito, onde as dezenas de ilustrações apareceram.

Os atos serão enquadrados como dano à propriedade de terceiros, agravados por terem sido cometidos por motivos de origem, raça, etnia ou religião.

Atualmente, o crime acarreta uma pena de quatro anos de prisão e multa de 30.000 euros (R$ 160,5 mil).

A primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, se manifestou sobre o caso, condenando “os atos desprezíveis” que, segundo ela, "não ficarão impunes".

Desenhos semelhantes apareceram no fim de semana nos subúrbios da capital francesa, incluindo Vanves, Fontenay-aux-Roses e Aubervilliers.

Em outro região próxima de Saint-Ouen, as ilustrações foram acompanhadas pela mensagem “A Palestina vencerá”.

Neste domingo (29), o ministro da Justiça, Eric Dupond-Moretti, afirmou que, desde o início da guerra entre Israel e Hamas, mais de 400 pessoas foram detidas por "atos antissemitas" no país.

Um episódio semelhante ao de Paris aconteceu na Alemanha neste mês, quando judeus residentes em Berlim tiveram as casas vandalizadas.

Outros países europeus como Espanha e Reino Unido também observaram um aumento significativo no número de casos de violência e hostilidade direcionados à comunidade judaica.

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