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Suprema Corte dos EUA

Estudante proibido de usar camiseta dizendo que há apenas dois gêneros tem recurso negado

Sede da Suprema Corte dos Estados Unidos, em Washington (Foto: EFE/EPA/JIM LO SCALZO)

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A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou nesta terça-feira (27) analisar um recurso de um estudante que havia sido proibido de utilizar na escola uma camiseta com uma mensagem dizendo que existem apenas dois gêneros (masculino e feminino).

Segundo informações da agência Associated Press (AP), os juízes do Supremo americano mantiveram uma decisão do Tribunal de Apelações do 1º Circuito dos EUA, que havia endossado o veto da escola à camiseta sob o argumento de que a mensagem poderia “envenenar o ambiente educacional” e “perturbar” o ambiente de aprendizagem.

O estudante, cujo nome não foi divulgado, havia sido proibido pela direção da escola de ensino médio John T. Nichols, de Middleborough, no estado de Massachusetts, de usar a camiseta e outra com as palavras “dois gêneros” cobertas com fita adesiva, com “censurado” escrito por cima.

O argumento da escola, segundo a AP, é que a mensagem poderia ofender alunos transgêneros e os que declaram não se identificar com nenhum gênero.

Apenas dois juízes da Suprema Corte, Samuel Alito e Clarence Thomas, discordaram e disseram que o recurso deveria ter sido analisado.

Na sua nota de discordância, Alito afirmou que “a escola permitiu e de fato incentivou a expressão dos alunos endossando a visão de que existem muitos gêneros”, mas não permitiu que a visão contrária fosse defendida.

“Este caso apresenta uma questão de grande importância para a juventude da nossa nação: se as escolas públicas podem suprimir a expressão dos alunos, seja por expressar um ponto de vista que a escola desaprova, seja por vagas preocupações sobre o provável efeito da expressão no ambiente escolar ou nos alunos que a consideram ofensiva”, escreveu Alito.

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