
Confrontos entre estudantes e a polícia voltaram a tumultuar a capital Chilena, Santiago ontem. O movimento estudantil reivindica educação pública gratuita e de qualidade. Foram registradas também manifestações em várias outras cidades do país.
Os principais enfrentamentos ocorreram no centro de Santiago, onde milhares de estudantes se reuniram na Praça de Armas e depois avançaram por vários pontos do centro da cidade. Nas imediações do palácio presidencial de La Moneda, jovens e adolescentes encapuzados entraram em conflito com agentes da polícia usando pedras, paus e garrafas. A polícia respondeu aos ataques com jatos de água e bombas de gás lacrimogêneo.
Os choques paralisaram por cerca de duas horas o trânsito na Alameda, a principal avenida da capital chilena.
Os manifestantes afirmam que não são ouvidos pelo governo do direitista Sebastián Piñera, que desde o ano passado enfrenta manifestações estudantis por uma educação pública gratuita.
"Este governo ouve com muita atenção o que dizem os cidadãos, e todos os cidadãos, não apenas aqueles que marcham e tomam escolas, mas todos os cidadãos", respondeu o presidente Piñera, durante um ato no palácio presidencial.
"Estamos profundamente comprometidos com uma reforma educacional que garanta a todas as nossas crianças e aos nossos jovens uma educação de qualidade", acrescentou o presidente.
Os estudantes, principalmente os do ensino secundário, intensificaram seus protestos nas últimas semanas por considerarem insuficientes as medidas adotadas pelo governo para melhorar a educação e que beneficiam, principalmente, os universitários.



